Diabetes: como gerenciar a doença no dia a dia
Saiba como identificar os sinais da doença e conheça os principais tratamentos
A diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, apresentando-se de diferentes formas, como o diabetes tipo 1, tipo 2 e gestacional. Neste artigo, abordaremos as principais características de cada tipo, seus sintomas, fatores de risco e formas de tratamento, além de dicas para prevenção e controle.
O texto foi elaborado pela farmacêutica Julia Takiuti, com base em fontes confiáveis, incluindo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Diabetes, além de artigos científicos e referências de instituições renomadas na área da saúde.
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Diabetes: o que é e qual sua causa?
O diabetes é uma síndrome metabólica crônica que afeta a capacidade do corpo de regular a glicose no sangue. Essa condição ocorre devido a uma deficiência na produção de insulina ou a uma resistência à ação desse hormônio, o que impede o corpo de utilizar a glicose como fonte de energia de forma adequada.
Há mais de um tipo de diabetes, incluindo diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional, cada um com causas e características próprias. Manter um estilo de vida saudável e realizar exames de rotina são essenciais para o diagnóstico precoce e controle dessa condição.
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O que é pré-diabetes?
A pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão elevados, mas ainda não são altos o suficiente para caracterizar o diabetes.
Ele é considerado um estágio intermediário que aumenta significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 1 ou tipo 2. Esse quadro serve como um sinal de alerta, especialmente para pessoas com obesidade, problemas de controle de lipídios e hipertensão.
Adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e monitoramento da saúde, pode ajudar a reverter o pré-diabetes e reduzir consideravelmente o risco de evoluir para o diabetes.
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Tipos de diabetes: quais são?
Existem três principais tipos de diabetes, excluindo o pré-diabetes que já abordamos anteriormente: Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2 e Diabetes Gestacional. Cada um deles tem causas, sintomas e tratamentos específicos. Confira abaixo:
Diabetes Tipo 1
- Diagnosticado principalmente em crianças e jovens adultos, embora também possa ocorrer em adultos.
- Ocorre quando o corpo não produz insulina, devido a uma reação autoimune que ataca as células do pâncreas responsáveis por essa produção.
- Pessoas com diabetes tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue.
- Os principais sintomas incluem sede excessiva, perda de peso rápida, fadiga e aumento da vontade de urinar.
Diabetes Tipo 2
- É o tipo de diabetes mais comum, representando 90% dos casos de diabetes no Brasil.
- Geralmente ocorre em adultos, mas também pode afetar jovens com excesso de peso ou sedentarismo.
- O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não utiliza adequadamente a insulina produzida pelo pâncreas (resistência à insulina).
- Os principais fatores de risco incluem obesidade, sedentarismo, histórico familiar e hipertensão.
- Pode ser controlado com mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e exercícios, além de medicamentos prescritos pelo médico.
Diabetes Gestacional
- Acontece temporariamente durante a gravidez
- Toda gestante precisa fazer o exame de curva glicêmica, geralmente entre a 24ª e 28ª semana independente do seu estado de saúde.
- Afeta entre 2% a 4% das mulheres grávidas e, após o parto, a maioria dos casos se resolve. No entanto, aumenta o risco de a mãe desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde.
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Quais são os principais sintomas da diabetes?
Os sintomas mais comuns da diabetes incluem fome e sede excessiva, urina frequente. Conheça as especificidades de cada tipo:
Diabetes Tipo 1
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Diabetes Tipo 2
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
Esses sinais são resultado do excesso de glicose no sangue, que prejudica o funcionamento normal do organismo.
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Quais são os riscos da diabetes gestacional?
A diabetes gestacional ocorre em cerca de 2% a 4% das gestantes, caracterizando um aumento temporário dos níveis de glicose no sangue, mas sem atingir os patamares típicos do diabetes tipo 2.
Essa condição pode trazer riscos à saúde tanto da mãe quanto do bebê, sendo especialmente preocupante pelo aumento do risco de diabetes no futuro, após o parto.
A diabetes gestacional é diagnosticada por meio de um exame de curva glicêmica, realizado entre a 24ª e 28ª semana de gestação. Caso o resultado seja positivo, o monitoramento constante é necessário para proteger a saúde da mãe e do bebê, evitando complicações durante o parto e após o nascimento.
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Os tratamentos para diabetes incluem insulina e medicamentos orais, e medicamentos biológicos, que ajudam a manter os níveis de glicose controlados. A escolha do remédio depende do tipo de diabetes e da resposta do paciente ao tratamento. É essencial o acompanhamento médico para ajustes necessários e evitar complicações.
Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.
Fontes bibliográficas:
- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/diabetes
- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/junho/diabetes-saude-responde-as-duvidas-mais-comuns-sobre-a-doenca-que-atinge-12-3-milhoes-de-brasileiros
- https://institucional.ufrrj.br/casst/files/2021/02/Diabetes.pdf
- https://diretriz.diabetes.org.br/