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A gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago que pode causar sintomas como dor, queimação, náuseas e sensação de estômago cheio. Essa condição pode ser causada por diversos fatores, incluindo infecção pela bactéria Helicobacter pylori, uso excessivo de anti-inflamatórios, consumo de álcool, tabagismo e até mesmo estresse.

O tratamento depende da causa subjacente e pode envolver mudanças na alimentação, uso de medicamentos para reduzir a acidez gástrica e, em alguns casos, antibióticos para eliminar a infecção bacteriana.

Além disso, saber quais alimentos evitar e quais são recomendados pode contribuir significativamente para a melhora dos sintomas e prevenção da doença.

Este artigo foi elaborado pela farmacêutica Júlia Takiuti, com apoio de referências bibliográficas da Federação Brasileira de Gastroenterologia e do Manual MSD, garantindo informações atualizadas e embasadas cientificamente sobre a gastrite, seus sintomas, causas e formas de tratamento.

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Breve biografia da farmacêutica Júlia Correa Takiuti, CRF/SP: 59.683

O que é gastrite

A gastrite é a inflamação da mucosa do estômago, podendo ser aguda ou crônica. Em alguns casos, pode ser assintomática, mas muitas pessoas sentem dor, azia e desconforto abdominal.

O problema pode ser causado por infecção bacteriana, uso excessivo de anti-inflamatórios ou hábitos alimentares inadequados.  

A inflamação pode levar a sintomas leves a severos e, se não tratada adequadamente, pode evoluir para complicações como úlceras gástricas e sangramentos digestivos.

Tipos de gastrite

A gastrite pode ser classificada de acordo com sua evolução e etiologia, os principais são:

  • Gastrite aguda: inflamação súbita da mucosa gástrica, geralmente associada a uso de AINEs, infecção bacteriana ou intoxicação alimentar.
  • Gastrite crônica: evolui lentamente e pode estar relacionada à infecção por H. pylori, condições autoimunes ou irritação contínua da mucosa.
  • Gastrite erosiva: caracteriza-se por lesões na mucosa, podendo levar a sangramentos gastrointestinais.
  • Gastrite autoimune: ocorre quando o sistema imunológico ataca as células da mucosa gástrica, frequentemente associada à má absorção de vitamina B12 e a anemia perniciosa
  • Gastrite aguda por estresse ou Gastrite nervosa: relacionada ao estresse e ansiedade, podendo agravar os sintomas digestivos.

Os sintomas variam conforme a gravidade do quadro e a causa subjacente. Entre os mais comuns estão:

  • Dor epigástrica (sensação de queimação ou ardência na parte superior do abdome);
  • Plenitude gástrica precoce (sensação de estômago cheio rapidamente ao comer);
  • Náuseas e, em alguns casos, vômitos;
  • Refluxo gástrico e azia;
  • Sangramento digestivo (em casos mais graves, evidenciado por vômito com sangue ou fezes enegrecidas);

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A gastrite tem causas multifatoriais, sendo as mais relevantes:

  • Infecção por H. pylori: bactéria que coloniza a mucosa gástrica, promovendo inflamação e aumentando o risco de úlcera péptica;
  • Uso prolongado de AINEs: medicamentos como ibuprofeno e naproxeno reduzem a produção de prostaglandinas protetoras da mucosa gástrica, favorecendo lesões;
  • Consumo excessivo de álcool e tabagismo: substâncias que agridem diretamente a mucosa gástrica;
  • Doenças autoimunes: como a gastrite atrófica autoimune, que destrói células produtoras de ácido gástrico.

O tratamento depende da causa subjacente e da gravidade do quadro. As abordagens incluem:

  • Erradicação do H. pylori: quando a bactéria está presente, o tratamento envolve antibióticos associados a inibidores da bomba de prótons (IBPs);
  • Uso de medicamento inibidores da bomba de prótons: fármacos como omeprazol, pantoprazol e esomeprazol reduzem a produção de ácido gástrico, favorecendo a cicatrização da mucosa;
  • Modificação na dieta e estilo de vida: evitar alimentos irritantes e reduzir o consumo de álcool e tabaco são medidas essenciais;
  • Suspensão de AINEs, quando possível: em casos onde o uso desses medicamentos é essencial, recomenda-se a proteção gástrica concomitante.

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Remédio para gastrite: o que tomar

Todo medicamento deve ser utilizado apenas sob orientação médica ou de um profissional de saúde habilitado para prescrever, orientar e acompanhar o tratamento de forma adequada.

No caso da gastrite, o uso indiscriminado de antiácidos e protetores gástricos pode mascarar os sintomas, retardar o diagnóstico correto e até agravar o quadro. Um tratamento adequado deve levar em consideração a causa subjacente da doença, garantindo maior eficácia e segurança para o paciente.

Entretanto, alguns medicamentos mais usados no tratamento da gastrite são:

  • Inibidores da bomba de prótons (IBPs): ajudam a promover aicatrização da mucosa.
  • Bloqueadores H2: como ranitidina e famotidina, reduzem a produção de ácido gástrico.
  • Antiácidos: neutralizam temporariamente a acidez estomacal.
  • Protetores da mucosa gástrica: sucralfato e misoprostol auxiliam na regeneração da mucosa e quando bem indicado sao uma boa opcao inclusive para pediatria.
  • Antibióticos: são utilizados no tratamento da infecção por H. pylori.

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Como evitar a gastrite

Alguns cuidados são importantes para o que o evento da gastrite ou do desconforto estomacal estejam presente no dia a dia como:

  • Adotar uma alimentação equilibrada, evitando alimentos ultraprocessados;
  • Reduzir o consumo de álcool e suspender o tabagismo;
  • Gerenciar o estresse, pois a gastrite pode ser exacerbada por fatores emocionais;
  • Evitar o uso indiscriminado de anti-inflamatórios.

Em caso de pessoas com gastrite autoimune os hábitos saldáveis ajudam a minimizar as crises e a evolução da doença, por este motivo o diagnóstico e o tratamento são tão importantes.

O que não pode comer com gastrite?

É interessante evitar alimentos com potencial irritativo ao estômago, como por exemplo:

  • Café e bebidas alcoólicas;
  • Refrigerantes e sucos cítricos;
  • Condimentos picantes e molhos industrializados.
  • Arroz, legumes cozidos e carnes magras;
  • Frutas não ácidas (como banana e maçã);
  • Pães integrais e cereais leves;
  • Chás calmantes (como camomila e erva-doce);
  • Iogurte natural, que pode auxiliar na microbiota gástrica.

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A gastrite pode ser controlada e, em alguns casos, curada, especialmente quando sua causa é identificada e tratada adequadamente. No caso da infecção por H. pylori, a erradicação bacteriana leva à remissão completa. Já a gastrite crônica pode exigir acompanhamento contínuo para evitar complicações.

Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.

Fontes bibliográficas:

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