Metilcobalamina: o que é e para que serve?
Tudo sobre a metilcobalamina, uma forma ativa da vitamina B12 fundamental para o funcionamento saudável do corpo
A metilcobalamina, uma das formas mais ativas da vitamina B12, desempenha um papel crucial no bom funcionamento do organismo, sendo essencial para a saúde do sistema nervoso e para a produção de glóbulos vermelhos. Embora muitas vezes associada apenas à prevenção de anemia, ela também oferece suporte importante para pessoas com dificuldades na absorção de nutrientes, como aqueles que sofrem de doenças intestinais ou que passaram por cirurgias bariátricas.
Neste artigo, vamos explorar quem são os indivíduos que podem se beneficiar da suplementação de metilcobalamina, incluindo veganos, idosos e pessoas com condições específicas, como pacientes que fazem uso de metformina ou inibidores de bomba de prótons. Abordaremos também os sintomas da deficiência de vitamina B12, os efeitos dessa carência no organismo e as principais fontes alimentares dessa vitamina.
Este artigo foi elaborado pela farmacêutica Julia Takiuti, com apoio de referências bibliográficas como a bula da metilcobalamina e de artigos e aulas de instituições renomadas na área da saúde, garantindo a confiabilidade das informações apresentadas.
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O que é metilcobalamina?
A metilcobalamina é uma das formas bioativas da vitamina B12, essencial para o corpo humano. Diferentemente de outras formas, como a cianocobalamina, a metilcobalamina está diretamente envolvida em processos vitais, como a síntese de DNA e o funcionamento adequado do sistema nervoso. Ela é crucial para a formação de glóbulos vermelhos e para a manutenção das funções neurológicas.
Metilcobalamina e vitamina B12 são a mesma coisa?
Sim, a metilcobalamina é uma das formas de vitamina B12. A vitamina B12 pode se apresentar em várias formas químicas, como cianocobalamina, hidroxocobalamina e metilcobalamina. Todas essas variantes pertencem ao grupo das cobalaminas, diferenciando-se por pequenas alterações em suas estruturas químicas que conferem propriedades específicas a cada uma. A metilcobalamina, por exemplo, é uma das formas mais biodisponível para desempenhar suas funções essenciais, como o suporte ao sistema nervoso e à produção de células sanguíneas.
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Para que serve metilcobalamina?
A metilcobalamina é amplamente utilizada no tratamento de deficiência de vitamina B12, especialmente para a manutenção da saúde neurológica e hematológica. Ela ajuda na prevenção da anemia megaloblástica, no suporte ao sistema nervoso e pode ser benéfica em condições neurológicas, como neuropatia periférica e esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Quem deve tomar metilcobalamina?
A suplementação com metilcobalamina é recomendada para pessoas com deficiência de vitamina B12. Antes de iniciar a suplementação é importante uma avaliacao geral e exames laboratorias, busque um médico, farmacêutico ou nutricionista antes de começar a tomar suplementos com vitamina B12.
Grupos que estão em maior risco de desenvolver essa deficiência incluem veganos e vegetarianos estritos, que não consomem fontes animais da vitamina. Pacientes com problemas de absorção intestinal, como aqueles com doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn ou colite ulcerativa), e pessoas que passaram por cirurgias bariátricas também podem ter dificuldade em absorver a B12.
Idosos frequentemente enfrentam redução na produção de ácido clorídrico no estômago, o que prejudica a absorção da vitamina. Pacientes que utilizam inibidores de bomba de prótons (IBPs) para tratar gastrite e úlceras estomacais também podem ter comprometida a absorção de vitamina B12, o que pode levar a deficiências ao longo do tempo.
Além disso, pessoas com diabetes em uso prolongado de metformina tendem a ter dificuldades na absorção de vitamina B12, o que requer atenção especial. Outro grupo vulnerável são os pacientes com transtornos alimentares ou aqueles em dietas muito restritivas, que podem apresentar má absorção de nutrientes de forma geral, incluindo a vitamina B12.
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A metilcobalamina tem contraindicações?
Apesar de ser considerada segura para a maioria das pessoas, a metilcobalamina pode ter contraindicações em casos de hipersensibilidade à vitamina B12. Pacientes com doenças renais ou hepáticas graves também devem consultar um médico antes de iniciar a suplementação. Em doses excessivas, pode haver risco de interferência em outras condições metabólicas, como distúrbios relacionados à metabolização de cobalamina. A vitamina B12 está contraindicada para gestantes, porém é importante para mulheres que buscam engravidar manter bons níveis de vitamina B12.
Vale ressaltar que há uma relação de causa efeito da suplementação da vitamina B12 com erupções importantes de acne, porém raras.
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A deficiência de vitamina B12 pode levar a anemia megaloblástica, caracterizada por fadiga, fraqueza, palidez e problemas neurológicos, como formigamento nas extremidades, perda de equilíbrio e dificuldade cognitiva, dificuldade de concentração e aprendizado. A longo prazo, essa deficiência pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso, além de agravar quadros de depressão e demência.
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A metilcobalamina é encontrada principalmente em alimentos de origem animal. Fígado bovino, peixes (como salmão e atum), carnes vermelhas, laticínios são as principais fontes naturais dessa forma de vitamina B12. Ovo possui vitamina B12 porém pouco biodisponível. Vegetarianos e veganos, que não consomem esses alimentos, geralmente precisam de suplementação ou alimentos fortificados com B12.
Não há evidências de que a metilcobalamina cause ganho de peso. Ela é utilizada principalmente para tratar a deficiência de vitamina B12, focada no suporte neurológico e hematológico, sem influência direta no metabolismo de gordura ou no controle de peso. Seu uso correto, dentro de diretrizes médicas, não está associado ao ganho de peso. Há pacientes que relatam mais sensação de fome ao começarem a repor a vitamina B12.
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Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.
