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A invaginação intestinal é uma condição de saúde grave, mas relativamente comum em incidência. Ainda pouco discutida, ela exige muita atenção, especialmente dos pais, pois ocorre com maior frequência em crianças pequenas. No entanto, também pode se manifestar em adultos, embora seja menos comum.

Popularmente conhecida como “nó nas tripas”, a invaginação é uma situação em que uma parte do intestino se dobra sobre si mesma, e “entra” num seguimento intestinal, o que pode resultar em complicações graves se não for tratada rapidamente.

Neste artigo, exploraremos mais a fundo essa condição que, apesar de pouco discutida, é bastante comum na primeira infância e requer muita atenção dos pais, cuidadores e escolas. O conteúdo foi revisado pela farmacêutica Júlia Takiuti, com base em artigos científicos e publicações médicas.

A invaginação intestinal também é chamada de intussuscepção, e popularmente conhecida como "nó nas tripas".

A invaginação ocorre quando uma parte do intestino desliza para dentro de uma seção adjacente, em termos mais simples - e, de certo modo, redundantes -, é quando o intestino entra dentro dele mesmo. Esse movimento, descrito como um "efeito telescópico", pode levar à obstrução intestinal, impedindo a passagem de alimentos e líquidos. Além disso, a invaginação pode comprometer o fluxo sanguíneo para o segmento intestinal afetado, aumentando o risco de necrose e outras complicações severas.

O diagnóstico é feito por meio de uma avaliação clínica cuidadosa, associada principalmente a exames de imagem como o exame de ultrassonografia, que deve ser conduzido por um médico experiente. O histórico clínico do paciente e a identificação precoce dos sintomas também são fundamentais para o diagnóstico preciso.

Veja a imagem abaixo para melhor percepção da condição.

A invaginação intestinal, ou intussuscepção, é conhecida popularmente como "nó nas tripas" (Crédito: Manual MSD)

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Invaginação e intussuscepção intestinal são sinônimos?

Sim, invaginação intestinal e intussuscepção são sinônimos. O termo "intussuscepção" é mais utilizado em publicações médicas e científicas, enquanto "invaginação" é frequentemente usado de forma mais genérica. Ambos os termos descrevem o mesmo fenômeno em que uma parte do intestino entra dentro de outra.

Os sintomas da invaginação intestinal são relativamente fáceis de identificar e devem ser observados com muita atenção, especialmente em pacientes pediátricos. Embora nem todos os sinais se manifestem ao mesmo tempo, é importante estar atento à evolução do quadro. A seguir, estão os principais sintomas, geralmente observados na ordem de aparecimento:

  • Dor abdominal intensa e intermitente: A dor costuma surgir de forma abrupta e severa, fazendo com que a criança se encolha ou chore de forma alarmante. Uma característica marcante dessa dor é o seu padrão cíclico: a criança pode aparentar estar bem entre os episódios dolorosos, mas a dor retorna de maneira preocupante, cada vez mais intensa. À medida em que os ciclos de dor progridem, há uma tendência de aumento da sua intensidade, frequentemente acompanhada de vômitos e apatia.
  • Vômitos: Devido ao bloqueio intestinal, episódios de vômitos frequentes são comuns, especialmente conforme a condição avança.
  • Fezes com sangue: Um dos sinais característicos de invaginação intestinal avançada é a presença de fezes com sangue, frequentemente descritas como "fezes em geleia de groselha". Esse é um sinal tardio e indica que a situação já é preocupante ou grave, exigindo intervenção médica imediata.
  • Letargia e irritabilidade: A criança pode apresentar cansaço extremo (letargia) ou irritabilidade sem motivo aparente, refletindo o desconforto e o mal-estar generalizado.
  • Distensão abdominal: Inchaço no abdômen pode ser percebido, e em casos mais complexos, é possível apalpar uma “massa” no intestino, indicando um agravamento da condição.

Nos primeiros estágios, especialmente em crianças pequenas, os sintomas podem ser confundidos com cólicas ou outras condições gastrointestinais. Por isso, qualquer suspeita de invaginação deve ser tratada como uma emergência médica para prevenir complicações graves.

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O que pode causar intussuscepção?

A causa exata da intussuscepção é considerada idiopática, ou seja, não há uma clara definição, mesmo com investigações médicas, especialmente em crianças.

No entanto, algumas outras condições sugerem o aparecimento da invaginação, mas não são determinantes:

  • Infecções virais: Em alguns casos, infecções gastrointestinais podem estar associadas à invaginação, particularmente após uma infecção viral que afeta os gânglios linfáticos intestinais, causando inflamação.
  • Pólipos ou tumores: Em adultos, intussuscepção pode estar relacionada a tumores, pólipos ou outras massas no intestino, que servem como ponto de ancoragem para a parte invaginada.

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Como tratar a invaginação intestinal?

O tratamento da invaginação intestinal depende da rapidez com que a condição é diagnosticada e do estado de saúde do paciente. O tratamento geralmente envolve internação hospitalar, onde se realiza a correção da invaginação, seja por meio de procedimentos não cirúrgicos, ou, em casos mais graves, cirurgia.

O acompanhamento médico é essencial para monitorar a evolução do quadro e garantir a recuperação completa. As opções de tratamento incluem:

  • Redução com enema de ar: Este é o tratamento inicial em muitos casos pediátricos. Um enema de ar  é administrado para tentar desobstruir o intestino. Essa técnica é eficaz entre 75% a 95% dos casos em crianças.
  • Cirurgia: Se o enema não for eficaz ou se o paciente apresentar complicações, como perfuração ou necrose intestinal, é necessária uma cirurgia para corrigir o problema. Na cirurgia, o cirurgião tenta desenrolar o intestino ou, em casos mais graves, remover a parte danificada.
  • Cuidados de suporte: Após o tratamento, o paciente pode necessitar de fluidos intravenosos, antibióticos e monitoramento para evitar complicações.

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Quais são os riscos da invaginação?

Os principais riscos da invaginação intestinal incluem:

  • Necrose intestinal: Se o fluxo sanguíneo para o segmento invaginado for interrompido por muito tempo, o tecido pode morrer (necrosar), resultando em uma grave infecção ou sepse.
  • Perfuração intestinal: A pressão aumentada pode causar uma ruptura do intestino, levando à peritonite, uma infecção potencialmente fatal do revestimento abdominal.
  • Infecções: Se a intussuscepção não for tratada a tempo, pode ocorrer infecção generalizada devido à perfuração e necrose.

Quanto mais cedo o problema for identificado e tratado, melhores são as chances de recuperação completa sem complicações.

Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.

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