Febre: o que pode significar e como tratar
Saiba as principais causas da febre, como tratar e quando procurar ajuda médica

A febre é uma resposta natural do corpo, muitas vezes sinalizando que o organismo está combatendo algum agente invasor, seja ele de natureza viral ou bacteriana. Embora muitas pessoas vejam a febre como algo negativo, ela pode ser uma aliada no processo de cura, ajudando a eliminar infecções. Neste artigo, discutiremos o que é a febre, suas causas comuns e como devemos avaliar e tratar essa condição.
É fundamental entender que a febre é um fenômeno relativo, e a forma como cada paciente a experiencia pode variar significativamente. Enquanto alguns indivíduos se sentem extremamente debilitados com uma temperatura relativamente baixa, outros podem estar ativos mesmo com febres mais altas. Essa avaliação individual é crucial para determinar o melhor tratamento, que deve focar no paciente como um todo e não apenas no sintoma da febre. Vamos abordar os medicamentos adequados, as orientações específicas para crianças e a importância de tratar o paciente e não o sintoma.
Este artigo foi elaborado pela farmacêutica Julia Takiuti, com o apoio de referências confiáveis, incluindo a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Medicina da Família e o Ministério da Saúde.

Calor excessivo pode trazer riscos à saúde, saiba como se cuidar.
Antes de abordar as causas da febre, é importante compreender o que ela realmente representa. A febre é um sinal de alerta do nosso corpo, indicando a presença de um agente externo que está invadindo e agredindo o organismo. Esse agente pode ser de natureza física, química ou biológica.
Considera-se que uma pessoa está com febre quando a temperatura corporal ultrapassa 37,7°C, o que indica que o organismo está em combate a alguma condição que não está bem. Embora a febre possa ser uma aliada no processo de cura, ajudando a eliminar infecções, também pode ser um indicativo de que algo mais sério está acontecendo.
As causas da febre são diversas e incluem:
- Infecções virais: como gripe e resfriados, além de dengue, covid e influenza.
- Infecções bacterianas: como pneumonia e infecções urinárias.
- Doenças autoimunes: como lúpus.
- Reações a medicamentos.
- Exposição a calor extremo: como em casos de insolação.
Essas causas variam em gravidade, e entender a origem da febre é fundamental para determinar o tratamento adequado.
O que fazer em caso de labirintite? Entenda o que é a condição e quais os principais sintomas.
Quais são os sintomas associados à febre?
Além do aumento da temperatura corporal, a febre pode vir acompanhada de outros sintomas, como:
- Calafrios
- Suor excessivo
- Dor de cabeça
- Dor muscular
- Fadiga
- Gemência - adulto ou criança emite gemidos dormindo geralmente.
Esses sintomas podem indicar a gravidade da condição e devem ser observados atentamente.
Conheça os benefícios da Hipoglós e as principais funções da pomada.
Para adultos com febre, as seguintes orientações podem ser úteis:
- Hidratação: Beba bastante água para evitar a desidratação.
- Descanso: O corpo precisa de energia para combater a infecção.
- Medicamentos: Antipiréticos, como paracetamol ou ibuprofeno, podem ajudar a reduzir a febre.
Se a febre persistir por mais de 3 dias ou se outros sintomas graves aparecerem, é importante consultar um médico.
Saiba o que fazer em casos de diarreia e quando é necessário procurar ajuda médica.
Quais os cuidados para febre em crianças?
Para crianças, os cuidados com a febre incluem:
- Monitoramento da temperatura: Use um termômetro para acompanhar as mudanças.
- Hidratação: Incentive a criança a beber líquidos - preferencialmente água -, já que a hidratação é a chave para uma boa recuperação.
- Medicamentos: Consulte um pediatra antes de administrar qualquer medicamento.
A febre em crianças requer atenção especial, especialmente em bebês com menos de 3 meses, onde qualquer febre deve ser avaliada por um médico.
Saiba tudo sobre uma forma ativa da vitamina B12, a metilcobalamina.
Medicamentos para tratar a febre
Os medicamentos utilizados para aliviar os sintomas da febre são conhecidos como antitérmicos, ou antipiréticos. É importante destacar que antibióticos não são utilizados para tratar a febre, mas sim para combater infecções bacterianas.
Existem alguns medicamentos comuns para o tratamento da febre, tanto para adultos quanto para crianças. Os mais frequentemente recomendados incluem:
- Paracetamol: Eficaz e seguro para a maioria das pessoas.
- Ibuprofeno: Além de reduzir a febre, também alivia dores.
É fundamental consultar um médico antes de iniciar qualquer tratamento, especialmente em crianças pequenas (até 2 anos) e em pessoas com condições de saúde preexistentes.
Descubra para que serve a Bromoprida, suas indicações e efeitos colaterais.
Quando procurar um médico?
Procure um médico se:
- Ao primeiro sinal de febre em crianças menores de 6 meses busque atendimento médico ou suporte do seu pediatra.
- A febre persistir por mais de 3 dias.
- A temperatura ultrapassar 39,5°C sem explicação clara e outros sinais importantes do paciente
- Houver sintomas graves, como dificuldade para respirar, dor no peito ou confusão mental.
Consultar um médico é essencial para identificar a causa da febre e receber o tratamento adequado.
Entenda que a febre pode ser um sinal positivo, pois faz parte do processo natural de combate a invasores que atacam nosso corpo. O organismo é extremamente inteligente e, muitas vezes, consegue lidar com algumas infecções sem ajuda externa. É importante lembrar que a febre é um fenômeno relativo; portanto, a avaliação deve ser feita no contexto do paciente e não apenas na temperatura.
Deve-se tratar o paciente, e não apenas a febre. Algumas pessoas podem se sentir extremamente prostradas e desanimadas com uma temperatura de 37,9°C, enquanto outras podem estar relativamente ativas com 38,5°C. Por isso, a avaliação do cuidador sobre o estado geral do paciente é fundamental.
Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.

