Como a fumaça das queimadas afeta a saúde humana?
Conheça os efeitos da fumaça das queimadas em nosso corpo e saiba e como prevenir complicações respiratórias.

As queimadas são um problema ambiental grave que afeta diretamente a saúde humana. A fumaça gerada nesses incêndios florestais contém uma série de poluentes nocivos, como partículas finas e gases tóxicos, que podem causar sérios danos ao sistema respiratório.
Em períodos de seca, a qualidade do ar se deteriora, expondo a população a riscos maiores, principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas.
Neste artigo, abordaremos os impactos da fumaça das queimadas na saúde e as principais medidas de proteção. Além disso, destacamos a importância da conscientização para que, ao combatermos as queimadas, problema causado pela ação humana, possamos eliminar a necessidade de medidas paliativas e restrições que afetam nossa qualidade de vida e liberdade.
Esse artigo foi produzido pela farmacêutica Julia Takiuti, tendo como fonte o site da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e o médico pneumologista Luís Batalin (CRM-SP 210.219).

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Como a fumaça das queimadas afeta a saúde?
A fumaça resultante dos incêndios florestais contém uma combinação de poluentes, sendo o material particulado o de maior risco para a saúde, que pode penetrar profundamente nos pulmões.
A exposição prolongada a esses poluentes pode irritar as vias respiratórias, piorar condições pré-existentes, como asma e bronquite, e aumentar o risco de infecções respiratórias. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas são os mais vulneráveis aos danos causados por essa exposição.
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Tempo seco e queimadas: como se proteger?
A principal ação para proteger tanto a vida humana quanto toda forma de vida é atuar na prevenção e contenção das queimadas. Atualmente, a intervenção humana é a principal responsável pelos incêndios florestais e pela piora da qualidade do ar.
Isso significa que é essencial se conscientizar sobre a importância de evitar a queima de lixo ou qualquer outro tipo de resíduo, além de ajudar na fiscalização da vizinhança e arredores. Todos sofrem as consequências, alguns até perdem a vida — como animais, plantas e, eventualmente, pessoas.
Nos casos em que a fumaça se espalha, apesar de o ideal ser sempre evitar queimar resíduos, algumas medidas podem ser adotadas. No entanto, elas são paliativas, pois a causa raiz não foi tratada. Aqui estão algumas dessas ações:
- Evitar sair ao ar livre em locais com alta concentração de fumaça proveniente de queimadas.
- Usar máscaras (N95) ao precisar circular em ambientes com muita fumaça.
- Se sua residência estiver próxima de focos de queimadas, mantenha janelas e portas fechadas, monitore a temperatura interna e, se possível, use purificadores de ar.
- Mantenha-se bem hidratado, beba bastante água e faça lavagens nasais com soro fisiológico para proteger as vias respiratórias.
O Dr. Luis Batalin recomenda: "É importante a prática de atividade física para a saúde como um todo. Apesar da baixa qualidade do ar, é essencial se exercitar, mas preferir os horários no início da manhã e no final da tarde."
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Tanto a fumaça do cigarro quanto a das queimadas são prejudiciais, mas diferem em sua composição.
A fumaça do cigarro contém mais de 7.000 substâncias químicas, incluindo nicotina, alcatrão e monóxido de carbono, enquanto a fumaça das queimadas contém partículas de carbono, monóxido de carbono e diversos compostos orgânicos voláteis, resultantes da combustão de vegetação.
Embora ambas possam prejudicar os pulmões, a fumaça das queimadas afeta mais a qualidade do ar geral e pode provocar problemas respiratórios em toda a população.
Segundo o Dr. Luis Batalin, "a fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde no ambiente pode conter em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o tabagista ativo inala".
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É essencial buscar orientação médica se você estiver exposto à fumaça das queimadas e apresentar algum dos seguintes sinais:
- Tosse persistente: se a tosse não melhora após alguns dias ou se torna mais intensa, especialmente com muco ou sangue.
- Dificuldade para respirar: se sentir falta de ar, respiração ofegante ou sensação de aperto no peito, mesmo em repouso.
- Dor no peito: dor ou desconforto ao respirar, especialmente se for acompanhada de tosse ou dificuldade de respirar, deve ser avaliada imediatamente.
- Irritação prolongada nos olhos, nariz ou garganta: se essas irritações não desaparecerem após a exposição à fumaça, é importante consultar um médico.
- Agravamento de doenças respiratórias pré-existentes: se você tem asma, bronquite crônica, enfisema ou outras condições respiratórias e notar uma piora significativa, isso pode indicar uma crise desencadeada pela fumaça.
Para qualquer sintoma relacionado à saúde respiratória, a consulta com um médico pneumologista é indicada. Esse especialista é o mais qualificado para diagnosticar e tratar problemas pulmonares e respiratórios causados pela inalação de fumaça.
Em qualquer situação, se os sintomas forem graves, como dificuldade extrema para respirar ou dor intensa no peito, procure imediatamente um pronto-socorro para atendimento de urgência.
Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.
Fontes usadas nesse artigo:

