A coqueluche, ou tosse comprida, é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Afetando principalmente bebês e crianças pequenas, a doença pode causar complicações graves se não for diagnosticada e tratada precocemente.

O tratamento envolve antibióticos e medidas de suporte, como hidratação e, em casos graves, hospitalização. Medicamentos comuns para tosse e resfriado não são eficazes contra a coqueluche, tornando o acompanhamento médico essencial. A prevenção é feita principalmente através da vacinação.

Este artigo foi elaborado pela farmacêutica Julia Takiuti, com base em referências bibliográficas do Ministério da Saúde e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.

Biografia da farmacêutica Júlia Correa Takiuti, CRF/SP: 59.683

O que é coqueluche?

A coqueluche é uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, que atinge o sistema respiratório.  Essa bacteria está presente em todo o mundo. A coqueluche irrita as vias aéreas, levando à uma tosse intensa. A doença pode ser leve em adultos, mas é perigosa em bebês, podendo causar complicações graves, como pneumonia.

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Quais são os principais sintomas da coqueluche?

Os sintomas da coqueluche variam de acordo com a fase da doença, mas geralmente começam de forma semelhante a um resfriado, com coriza e febre leve. Posteriormente, a tosse se torna intensa, podendo de apresentar em crises de tosse rápida e curta que podem levar ao vômito ou até a parada temporária da respiração (apneia) em bebês. Pode apresentar febre e mal-estar.  Os principais sintomas incluem:

  • Sintomas iniciais se assemelham a um resfriado comum, tosse, febre e mal-estar
  • Tosse persistente e severa, podendo fazer crises de tosse rápida e curta
  • Sons agudos ao inspirar (guincho)
  • Vômito após as crises de tosse
  • Cansaço extremo após os episódios de tosse
  • Falta de ar devido a tosse intensa

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Existe vacina para coqueluche?

Sim, a vacina contra a coqueluche faz parte do calendário vacinal infantil e é aplicada em várias doses. Ela está presente na vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Além disso, a vacinação de reforço para gestantes é altamente recomendada para proteger os recém-nascidos nos primeiros meses de vida.

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Como se dá a transmissão da coqueluche?

A coqueluche é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias expelidas no ar ao tossir ou espirrar. A transmissão é altamente eficaz, principalmente nos primeiros estágios da doença, antes mesmo de os sintomas se agravarem. A proximidade com pessoas infectadas facilita a propagação.

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Como é o tratamento da coqueluche?

Antes de iniciar o tratamento, é essencial que o diagnóstico da coqueluche seja realizado corretamente. Uma vez confirmada ou mesmo em casos de suspeita da doença, é obrigatória a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do preenchimento da ficha de investigação de coqueluche.

O tratamento começa com o isolamento do paciente, para evitar a transmissão, já que a doença é altamente contagiosa. Além disso, o paciente pode necessitar de suporte hospitalar, como oxigenioterapia, em casos mais graves.

É importante destacar que o uso de medicamentos como antigripais, xaropes e outras medicações comuns para tratar sintomas respiratórios não são eficazes contra a coqueluche, mesmo no período de incubação. A automedicação, nesses casos, pode ser prejudicial.

O tratamento com antibióticos geralmente é recomendado e existem antibióticos específicos para a coqueluche. Além disso, medidas de suporte, como manter o paciente bem hidratado e confortável, são essenciais.

O acompanhamento médico e um diagnóstico preciso são fundamentais para evitar complicações, principalmente em bebês e crianças pequenas, que são os mais vulneráveis aos efeitos graves da coqueluche.

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Quais são as três fases da coqueluche?


A coqueluche é dividida em três fases distintas:

  1. Fase catarral: Semelhante a um resfriado, com coriza e febre leve. Dura de 1 a 2 semanas;
  2. Fase paroxística: Fase aguda da coqueluche. Caracterizada por episódios de tosse intensa, seguidos por um som agudo ao inspirar. Essa fase pode durar de 4 a 6 semanas e é nessa fase que geralmente acontecem as complicações como falta de ar;
  3. Fase de convalescença: A tosse começa a diminuir, mas pode persistir por semanas até a completa recuperação.

Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.

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