Coqueluche: o que é e quais os sintomas?
Tudo o que você precisa saber sobre a coqueluche: uma doença altamente contagiosa e como se proteger

A coqueluche, ou tosse comprida, é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Afetando principalmente bebês e crianças pequenas, a doença pode causar complicações graves se não for diagnosticada e tratada precocemente.
O tratamento envolve antibióticos e medidas de suporte, como hidratação e, em casos graves, hospitalização. Medicamentos comuns para tosse e resfriado não são eficazes contra a coqueluche, tornando o acompanhamento médico essencial. A prevenção é feita principalmente através da vacinação.
Este artigo foi elaborado pela farmacêutica Julia Takiuti, com base em referências bibliográficas do Ministério da Saúde e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.

O que é coqueluche?
A coqueluche é uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, que atinge o sistema respiratório. Essa bacteria está presente em todo o mundo. A coqueluche irrita as vias aéreas, levando à uma tosse intensa. A doença pode ser leve em adultos, mas é perigosa em bebês, podendo causar complicações graves, como pneumonia.
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Quais são os principais sintomas da coqueluche?
Os sintomas da coqueluche variam de acordo com a fase da doença, mas geralmente começam de forma semelhante a um resfriado, com coriza e febre leve. Posteriormente, a tosse se torna intensa, podendo de apresentar em crises de tosse rápida e curta que podem levar ao vômito ou até a parada temporária da respiração (apneia) em bebês. Pode apresentar febre e mal-estar. Os principais sintomas incluem:
- Sintomas iniciais se assemelham a um resfriado comum, tosse, febre e mal-estar
- Tosse persistente e severa, podendo fazer crises de tosse rápida e curta
- Sons agudos ao inspirar (guincho)
- Vômito após as crises de tosse
- Cansaço extremo após os episódios de tosse
- Falta de ar devido a tosse intensa
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Existe vacina para coqueluche?
Sim, a vacina contra a coqueluche faz parte do calendário vacinal infantil e é aplicada em várias doses. Ela está presente na vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Além disso, a vacinação de reforço para gestantes é altamente recomendada para proteger os recém-nascidos nos primeiros meses de vida.
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Como se dá a transmissão da coqueluche?
A coqueluche é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias expelidas no ar ao tossir ou espirrar. A transmissão é altamente eficaz, principalmente nos primeiros estágios da doença, antes mesmo de os sintomas se agravarem. A proximidade com pessoas infectadas facilita a propagação.
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Como é o tratamento da coqueluche?
Antes de iniciar o tratamento, é essencial que o diagnóstico da coqueluche seja realizado corretamente. Uma vez confirmada ou mesmo em casos de suspeita da doença, é obrigatória a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do preenchimento da ficha de investigação de coqueluche.
O tratamento começa com o isolamento do paciente, para evitar a transmissão, já que a doença é altamente contagiosa. Além disso, o paciente pode necessitar de suporte hospitalar, como oxigenioterapia, em casos mais graves.
É importante destacar que o uso de medicamentos como antigripais, xaropes e outras medicações comuns para tratar sintomas respiratórios não são eficazes contra a coqueluche, mesmo no período de incubação. A automedicação, nesses casos, pode ser prejudicial.
O tratamento com antibióticos geralmente é recomendado e existem antibióticos específicos para a coqueluche. Além disso, medidas de suporte, como manter o paciente bem hidratado e confortável, são essenciais.
O acompanhamento médico e um diagnóstico preciso são fundamentais para evitar complicações, principalmente em bebês e crianças pequenas, que são os mais vulneráveis aos efeitos graves da coqueluche.
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Quais são as três fases da coqueluche?
A coqueluche é dividida em três fases distintas:
- Fase catarral: Semelhante a um resfriado, com coriza e febre leve. Dura de 1 a 2 semanas;
- Fase paroxística: Fase aguda da coqueluche. Caracterizada por episódios de tosse intensa, seguidos por um som agudo ao inspirar. Essa fase pode durar de 4 a 6 semanas e é nessa fase que geralmente acontecem as complicações como falta de ar;
- Fase de convalescença: A tosse começa a diminuir, mas pode persistir por semanas até a completa recuperação.
Atenção! As informações contidas neste artigo têm caráter informativo. Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. A automedicação pode ser prejudicial. Siga as orientações e prescrições de um profissional de saúde qualificado e respeite as regulamentações da ANVISA para o uso seguro e adequado de medicamentos.

