Viajando o Sertão - Cascudo, Luis Da Camara - 9788526010802

Cascudo

Ansioso para ler o texto de Cascudo sobre o sertão.

Em março de 2021 • Via Amazon

Para os que se interessam nos trabalhos menos conhecidos de Câmara Cascudo

Curto livro contento artigos que Câmara Cascudo publicou sobre sua viagem de 1300km no sertão do Rio Grande do Norte, em 1934. A obra deixa claro o nacionalismo do autor e certa aversão com a chegada da modernidade, que descaracterizava a cultura do sertanejo. Não por acaso, essa também é a época em que Câmara Cascudo era o representante do movimento Integralista no estado. As partes em que ele relata a viagem em si são desinteressantes, mas os artigos em que ele discorre sobre história e cultura prendem o leitor, nos dando momento belos como o seguinte, quando ele discorre sobre a substituição de imagens de santos de madeira por imagens industrializadas: "Um trabalho de maneira é sempre um esforço pessoal, direto, próprio. Fique feio ou deslumbrante, o caso é que é um produto da inteligência humana, sem o auxílio da máquina polidora. Um trabalho de gesso, cartão ou massa, sempre bonito, é sempre o resultado frio da máquina, produto igual, monótono em sua beleza, sem o calor da mão humana, rude ou apta, mas sincera. Se os santos de madeira são impróprios para o culto, ao menos conservemo-los como objetos de arte, arte primitiva, tosca, iniciante, mas arte fiel a si mesma." A futura preocupação do Câmara Cascudo com os alimentos, que renderam seus trabalhos mais conhecidos, já se mostra presente: "A cozinha sertaneja está decadente. Menos por sua própria essência do que pelo indesculpável acanhamento em mostrar-se. O primeiro cuidado de um fazendeiro de Minas Gerais ou São Paulo é provar que come bem e o que come é gostoso. O nosso sertanejo disfarça, esconde, mistifica sua culinária quando tem visitas. Crê ficar desonrado servindo coalhada com carne de sol, costelas de carneiro com pirão de leite, paçoca com bananas, milho cozido, feijão verde, o munguzá que o africano ensinou e a carne moqueada que ele aprendeu com o indígena. Nada mais antipatriótico e desumano que esta modéstia criminosa. Nós devemos ter orgulho de nossa alimentação tradicional, formado de rijos homens de outrora, vencedores da indiada, lutando com as onças a facão e morrendo de velhos". Os artigos reunidos estão longe de serem geniais, mas a leitura do livro vale pelas pequenas jóias que podemos encontrar.

Em outubro de 2016 • Via Amazon

Livro muito bom,

Livro muito bom sobre a vida do sertão, mais especificamente do nordeste do Brasil e mais especificamente ainda sobre o Seridó do Rio Grande do Norte e as velhas tradições. Para quem já leu H. Koster, Travels in Brazil (Viagens ao interior do Brasil), na tradução do próprio Camara Cascudo, este deixa a desejar por ser bastante superficial e, de certa forma, uma colcha de retalhos. Mesmo assim, é uma fonte de muita informação sobre o passado dos povos do RN.

Em outubro de 2016 • Via Amazon

O sertão na visão cascudiana

Como todo trabalho de Cascudo, não poderia deixar de ser um trabalho aprimorado sobre a realidade nordestina. independente de haver sido escrito na década de 1930, continuam atualíssimos seus conceitos.

Em maio de 2015 • Via Amazon