Logo Buscapé
Logo Buscapé

Sudário - Banville, John - 9788525057563

O preço está bom

Com base nos últimos 40 dias, o valor está próximo da média de R$ 28,49

Quer pagar mais barato?

Avisamos quando o preço baixar

Compare preços em 3 lojas

Ordenar por

Histórico de Preços

O preço está bom

Com base nos últimos 40 dias, o valor está próximo da média de R$ 28,49

Quer pagar mais barato?

Avisamos quando o preço baixar

Publicidade

Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788525057563
ISBN-108525057568
TítuloSudário
AutorBanville, John
EditoraBiblioteca Azul

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Sudário - Banville, John - 9788525057563 atualmente é R$ 28,49.

Publicidade

Avaliação dos usuários

4.1

26 avaliações

Exibimos as avaliações mais relevantes da Amazon

A "persona" da identidade na obra "Sudário".

Recomendo

O quanto conhecemos uma pessoa? O quanto construímos "personas" em quem admiramos, em quem convivemos, em nós mesmos? Como já disse certa feita Clarice Lispector ""Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido." O livro SUDÁRIO é divido em três partes: na primeira parte, Alex Vander se apresenta ao leitor (se é que dá para confiar no que ele diz e em suas memórias) como um grande intelectual, escritor, palestrante e professor. No entanto, Alex Vander não é quem ele é: ele vestiu uma máscara de um amigo, que morreu ou desapareceu durante a ocupação e a perseguição nazista, na Bélgica, com relação aos judeus. A segunda parte narra "a conquista ou a posse" da identidade de Alex Vander. Com a nova persona criada, ele viaja para os Estados Unidos (no navio, ele conhece um médico que, anos depois, o informa de que sua família morreu nos campos de concentração). "Alex Vander" conhece a imigrante Magda e se casa com ela. "Alex Vander" começa a escrever grandes artigos literários e filosóficos e desperta a atenção de intelectuais e escritores norte-americanos. Ele vive durante quase 50 anos uma vida de sucesso e esplendor. Mas nem tudo são orquídeas!!! A jovem Cass Cleave (que sofre de esquizofrenia) descobre quem na verdade ele é. Cass envia uma carta para o eminente intelectual e o convida a ir à Turim para "falar sobre o assunto com ele". Turim, Turim, onde o genial Nietzsche perdeu completamente a razão (aliás, há várias referências a Nietzsche). Temendo que enfim fosse desmascarado e que seu "verdadeiro eu" fosse mostrado a todos, Alex Vander vai encontrar Cass em um hotel em Turim. Um amor não premeditado ocorre (ou quem sabe premeditado!). Um homem já velho, decrépito, que esconde não só o seu passado, a sua identidade, como também a morte de sua esposa; um homem que nunca se interessou por nada que não fosse ele mesmo; um homem que passou tanto tempo com uma máscara colada ao rosto que, quando a tira, seu rosto já se tornara idêntico à máscara que tanto usara durante meio século. Assim como o Santo Sudário que mostra a imagem de uma "persona-divina ou divinizada" que padeceu e sofreu traumatismos físicos com a crucificação e que milhões acreditam se tratar da própria mortalha usada para cobrir o corpo de Jesus Cristo após sua execução, Alex Vander é um homem cheio de cicatrizes, golpes, feridas, em suma, é um homem fraturado: cego de um olho e manco de uma perna pela violência que sofrera nas mãos de dois bandidos que, enviados por Lady Laura, rasgaram sua perna e destruíram o seu olho, ele tenta viver com todas as fraturas na alma e no corpo. Além disso, como o Sudário de Turim, Alex Vander sabe o que é ser "admirado, aplaudido, caluniado, cortejado e adorado" por inúmeras pessoas pelo ser que ele não é (pelo ser enganoso que Axel fabricou e forjou em si e para si mesmo em busca de glórias, reconhecimento, louvores, elogios etc). O "eu" é constantemente analisado por Axel Vander, bem como a identidade e as singularidades de um ser humano. Como ele afirma no final do livro: "Penso na mixórdia que somos. A cidade está quieta nessa época do ano. Os mortos, porém, têm a sua voz. O ar pelo qual me movo é murmurante de ausências. Em breve serei uma delas. Ótimo." Essa foi a minha primeira experiência literária (e "mística", quem sabe!!!) com a obra de John Banville. Pretendo mergulhar ainda mais fundo em suas outras profundezas oceânicas e literárias.

Gilliard

• Via Amazon

Gostei muito.

Recomendo

O livro atendeu minhas expectativas. Entrega rápida e a edição é muito bonita.

carlos

• Via Amazon

Quem É Axel Vander?

Recomendo

Em Eclipse, primeiro volume de sua última trilogia, John Banville propôs uma história de fantasmas atípica, a medida que "os espectros que vagueiam pela narrativa não são emanações do passado, mas projeções do futuro". Nele, Alex Cleave, um ator fracassado, apresenta sua filha problemática, Cass, que acaba cometendo suicídio sem deixar maiores explicações. No segundo volume, "Sudário", a figura da jovem ressurge. Dessa vez, sob a perspectiva de um outro homem, Axel Vander, um acadêmico judeu que assumiu a identidade de um amigo e fugiu da Bélgica para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra. Esse fato foi claramente inspirado em dois escândalos ocorridos na década de oitenta: a descoberta póstuma de textos anti-semitas escritos pelo crítico literário Paul de Man e o assassinato de Hélène Legotien pelo marido, o filósofo Louis Althusser. Cass é uma pesquisadora literária que acaba de descobrir que Vander não passa de uma farsa e combina encontrá-lo em Turim durante uma conferência sobre Nieztche, para tratarem do assunto. Singularmente, nessa cidade também está guardado o Santo Sudário, um objeto de veneração cuja origem é contestada. A partir daí, Banville explora impecavelmente "os meandros da culpa, do engano e das aparências". Aliás, temas recorrentes na maioria de seus livros que primam pela escrita requintada e trabalhosa. É inegável uma certa semelhança entre Alex Cleave e Axel Vander. Alex é um egocêntrico que no palco não consegue atuar, mas na vida não cansa de desempenhar o papel que considera mais apropriado, enquanto que Vander não passa de um ator que assumiu uma nova identidade e vem desempenhando esse papel há décadas. Cass não nega a atração pelo pai e é fácil compreender seu envolvimento com esse homem misterioso, que também é um velho rabugento e destituído de beleza, mas que consegue aprisioná-la numa rede de mentiras. Ao tentar justificar sua farsa, curiosamente, seu discurso segue na contramão de suas atitudes, no entanto, um quê de sinceridade vaza vez ou outra nas entrelinhas. Com um desfecho magistral, Sudário é um romance investigativo e cabe ao leitor formular sua teoria sobre quem realmente é Axel Vander. Banville afirma ser uma de suas obras preferidas, "um livro cruel ou um filho monstruoso que ele estima, mas que horroriza as outras pessoas". Venha conhecê-lo... “Ah, Axel”, disse, suavemente Kristina, “só uma pessoa incapaz de amar pode ser tão abnegada no amor.”

Leila

• Via Amazon

Publicidade