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Sonho de Uma Noite de Verão - William Shakespeare - 9788510069007

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788510069007
ISBN-10851006900
TítuloSonho de Uma Noite de Verão
AutorWilliam Shakespeare
EditoraEditora do Brasil Literatura

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Sonho de Uma Noite de Verão - William Shakespeare - 9788510069007 atualmente é R$ 63,60.

Avaliação dos usuários

4.6

700 avaliações

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Perfeito!

Recomendo

Mais uma obra de arte de Shakespeare e com uma capa linda demais!! Super recomendo!

Fernanda

• Via Amazon

Meia boca essa peça

Não Recomendo

A edição é muito boa, tradução ok. O conto é bem sem graça, na minha opinião, das peças de Shakespeare a mais fraca. Duendes e fadas brincam com casais apaixonados que passam a gostar do outro devido uma poção mágica que é posta em seus olhos. Bem fraquinho.

Bruno

• Via Amazon

Divertido!

Recomendo

Sonho de uma noite de verão é uma leitura agradável, bem-humorada e com um toque especial de fantasia. A história nos faz pensar sobre amores não correspondidos, desilusões amorosas e como os sentimentos são passíveis de mudanças quando menos se espera. Shakespeare usa a metalinguagem, com a encenação de uma peça dentro da peça, o que nos permite imaginar como seriam os bastidores e as montagens dos espetáculos daquele período. Ao assistirem a peça, os personagens do livro que estavam na plateia tecem comentários, fazem críticas, elogios e conversam com os atores. Terminei a leitura pensando se essa reprodução seria um espelho do comportamento real das pessoas que assistiam aos espetáculos nos teatros ingleses da época.

Janaína

• Via Amazon

🐴 Comédia que não se esgota 🌳

Recomendo

🧚 - I - 🧚  ་ ་ “Sonho de uma Noite de Verão” é a comédia de Shakespeare que mais lembra um conto de fadas. Não só pelas jovens e belas damas, não só pelos desencontros e reencontros amorosos que terminam em casamento triplo e final feliz, senão também (e principalmente) porque algumas personagens são, de fato, fadas.  ་ ་ Com magia, enganos e sucessos fantásticos, “A Midsummer Night’s Dream” parece ter, como nenhuma outra comédia do bardo de Avon, o poder de nos deixar alegres. Algumas vezes essa alegria se manifesta na forma de risadas, mas na maior parte do tempo é uma como emanação da própria floresta encantada onde se perderam os dois casais. Shakespeare é um poeta da vida: mais do que representá-la, tem a habilidade extraordinária de CRIAR vida.  ་ ་ Mesmo com todos os defeitos que se possam apontar — destes, creio que seu “politicamente incorreto” será cada vez mais atacado — o “Sonho…” transborda intensidade e alegria, transborda vida. Pode ser lido e relido, que não se esgota. 🧚 - II - 🧚  ་ ་ Esta foi a terceira vez que li “Sonho de uma Noite de Verão”, e foi a que mais me aproveitou. Das anteriores, uma foi pela edição “No Fear”, que apresenta o texto em inglês moderno, ao lado do original. A outra foi a versão de Carlos Alberto Nunes (Ediouro), tradutor cultíssimo, que todavia não recomendo para Shakespeare. A razão é esta: embora Nunes seja excelente ao manejar os hexâmetros retumbantes de Virgílio e Homero¹, Shakespeare exige um traquejo distinto, mais popular e fluente.  ་ ་ A edição para Kindle (editora L&PM), traduzida por Beatriz Viégas-Faria, atende bem a tal exigência. É totalmente acessível, fácil de ler, e tão simples que chega ao extremo oposto de Carlos Alberto Nunes. O estilo de Viégas tem pouco brilho e às vezes recai no coloquialismo gratuito, quando não no erro. Tentarei demonstrá-lo.  ☀ Primeiro exemplo: ««um sopro melodioso, harmônico, doce de se escutar»» — Qual a necessidade do “se”²?  ☀ Segundo: ««Te mantém distante»» — O imperativo está correto, mas por que abrir a frase com o oblíquo? Não seria melhor um “Fica longe”, um “Vai para lá”, igualmente populares, mas livres da má colocação?  ☀ Terceiro: ««Não tem coisa que mais me apraz na vida»» — O “ter” só equivale a “haver” quando é auxiliar em tempos compostos; com o sentido de “existir”, melhor dizer “Não há coisa que…”. E que tal um “Nada, nada na vida me apraz mais”? Assim nos livramos também da incômoda questão do subjuntivo.  ☀ Quarto: ««Cupido é um grandissíssimo velhaco: / Deixa pobres fêmeas de raciocínio fraco»» — Isto está por um dístico, dois versos rimados que fecham uma fala e visam a causar impacto. Mas que dístico pobre e mal-amanhado! Vamos combinar: não importa se a tradução é em prosa ou verso; se você decidiu conservar um trecho na forma de versinhos, capriche na métrica e na rima!  ་ ་ Para não ganhar fama de chato, mas sem precisar minimizar os apontamentos acima, vou contrabalancear com um trecho que reafirma a vantagem de uma tradução mais popular de Shakespeare. Diga o leitor se não consegue ouvir uma jovenzinha de nossos tempos neste grito de revolta: ««HELENA – Ai, que ódio! Ai, que inferno! Vejo que estão os dois determinados a atacar-me para sua diversão.»»  ་ ་ E não há distorção nenhuma em transportar Helena para os dias de hoje. Quatrocentos anos depois de Shakespeare e mais de três milênios depois do tempo narrativo, a explosão da jovem, que se vê traída e ridicularizada por todos ao seu redor, é exatamente a mesma. É quase uma constante humana: em qualquer tempo, em qualquer país e em qualquer língua, uma garota na posição de Helena só poderia sentir aquilo que Beatriz Viégas-Faria traduziu em português de hoje: ««Ai, que ódio! Ai, que inferno!»». 🧚 - III - 🧚  ་ ་ E aqui cabe uma palavra sobre citações. Há algum tempo tenho reparado nos trechos que o Kindle aponta como aqueles que mais vezes foram destacados por leitores, e muito me chama a atenção um aspecto. Os usuários têm inigualável predileção por frases “de efeito”, afirmações em tom categórico, como se foram um aforismo, uma máxima moral, uma verdade revelada. Frases que, por ter tal feitio, podem ser transportadas para uma montagem em fundo preto, com um retrato do autor logo ao lado:  ☀ ««E, no entanto, para falar a verdade, amor e razão não andam juntos nesses tempos de agora.»» – William Shakespeare.  ☀ ««Para cada homem que mantém sua palavra, um milhão de outros falham, quebrando um juramento depois do outro.»» – William Shakespeare.  ་ ་ Eu escrevi o nome de Shakespeare, mas ninguém duvide de que em breve estará escrito “Clarice Lispector”, “Renato Russo”, “Aristóteles” — provavelmente ao lado de uma fotografia de Charles Chaplin ou Chico Xavier.  ་ ་ Ao leitor que chegou até aqui peço apenas uma coisa: não faça isso. É pelo seu bem. Você pode sentir vontade de revelar ao mundo que leu Shakespeare, e realmente acho que você deve orgulhar-se por tê-lo lido. Mas passará vergonha, se o fizer, pelo simples motivo de que Shakespeare não disse nada disso.  ་ ་ Não me entenda mal. Não penso que Shakespeare fosse uma fraude, muito menos professo a crença estrambótica de que Shakespeare fosse Francis Bacon. Afirmo que as frases não são de Shakespeare porque a primeira é de Fundilho e a segunda é de Bute, o Bom Robim.  ་ ་ Fundilho e Bute — no original, Bottom e Puck — são PERSONAGENS de Shakespeare, e a grande maravilha da ficção é esta: um escritor, quando cria uma personagem, realmente cria uma pessoa nova, uma vida independente de seu criador. Como dizia o espertíssimo Chesterton: quem pensa que um nome não significa nada, e que a rosa teria o mesmo dulcífero aroma se fosse chamada de qualquer outro nome, é Julieta Capuleto — não é Shakespeare. Este, ao contrário, batizava suas criaturas com muito cuidado, atento à história e ao significado de cada nome próprio³.  ་ ་ De hoje em diante, se for citar, lembre-se de que as falas são das personagens, e não do escritor. Ainda assim, em vez das citações de praxe, melhor é ler e reler pequenas cenas, aprender a contá-las do seu jeito e até, em alguns casos, memorizá-las. Como sugestão, trago a seguir um excelente diálogo; ele parte do humor, mas acaba por trazer concentrada dose de sabedoria, com a última fala de Teseu: «« ་ TESEU – [...] “Uma cena breve e entediante do jovem Píramo e sua amada Tisbe, uma comédia muito trágica”? Cômico e trágico? Entediante e breve? Isso é gelo quente, é neve estranha e extraordinária! Iremos aprovar ou desaprovar a concórdia dessa discórdia?  ་ ་ FILÓSTRATO – Que é uma peça é, milorde, coisa de uma dúzia de palavras, e não conheço peça mais breve que essa. Mas, por uma dúzia de palavras, senhor, ela é comprida demais, o que a torna entediante. Porque em toda a peça não se encontra uma única palavra inteligente, nem um único ator adequado. E trágica ela é, meu nobre lorde, pois Píramo termina se matando, coisa que, quando assisti aos ensaios, devo confessar: trouxe lágrimas aos meus olhos. Mas nunca derramaram-se lágrimas mais hilariantes, tal o furor de minhas gargalhadas.  ་ ་ TESEU – Quem são os atores?  ་ ་ FILÓSTRATO – Trabalhadores braçais que labutam aqui em Atenas, e que nunca antes haviam exercitado o intelecto, e que agora empregaram em trabalho árduo suas memórias não adestradas nessa exata peça, ensaiada para suas bodas, meu senhor.  ་ ་ TESEU – E a ela nós assistiremos.  ་ ་ FILÓSTRATO – Mas não, meu nobre lorde, não é peça digna de vossa pessoa. A ela eu assisti, do começo ao fim, e a peça não é nada, é menos que coisa nenhuma. A menos que o senhor possa encontrar diversão nas intenções desses homens que se esforçaram ao máximo e com muitas e cruéis dores decoraram o texto, só para prestar-vos um serviço.  ་ ་ TESEU – Quero assistir a essa peça, pois é impossível uma coisa ser equivocada quando são a singeleza e a reverência que a oferecem. Vá buscá-los. Senhoras, tomem seus lugares. »» 🧚 - IV - 🧚  ་ ་ CONCLUSÃO: Fraquezas do estilo à parte, recomendo a leitura da peça nesta edição, como um bom meio de conhecer o enredo e preparar-se para o original⁴. QUATRO ESTRELAS 🧚 - NOTAS - 🧚 V. O campo de “comentários”, abaixo. - - THIAGO E. L. G. -

T.

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