Rei Branco e Rainha Vermelha - Como A Guerra Fria Foi Disputada No Tabuleiro de Xadrez - Johnson, Daniel - 9788501083319

Um livro bom sobre a história do Xadrez, mas muito se fala do regime russo.

Achei fantástica a narrativa: o autor sabe e escreve bem. Ao final, temos extensa bibliografia e índice remissivo, incluindo dos jogadores. Só não gostei muito da parte de política, houver um foco demasiado nisso e buscava um livro sobre a história do Xadrez.

Em setembro de 2022 • Via Amazon

Seria um livro melhor se o autor não fosse tão arrogante

Lembro que comprei esse livro com muito entusiasmo, pois é raríssimo termos livros no Brasil que abordem o xadrez para além da lógica imediatista de partidas ou temas específicos do jogo. Sinceramente, se você desejar ter o livro como algo mais para sua coleção e ter algo sobre o tema, acho que valerá sim a pena, porém, numa análise mais detalhada do conteúdo do livro, considero o livro feito sob a lógica de um politicismo vulgar e faccioso sobre a história da Guerra Fria, onde se tem sempre um Ocidente bonzinho e uma Rússia má, quase uma batalha de príncipes e dragões. Alguém amante da História, do xadrez e do rigor histórico, poderá se decepcionar em vários aspectos.

Em fevereiro de 2022 • Via Amazon

Péssimo e decepcionante

A obra é uma gigante decepção pelo viés extremamente anticomunista do autor ao permear a construção narrativa e estrutura interpretativa do xadrez. O grande objetivo do livro é apontar, através do xadrez, como o comunismo é moral e racionalmente inferior ao Ocidente livre e cristão (!). Uma grande pena, já que há pontos muito interessantes acerca de como se estruturavam as vidas dos enxadristas sob o regime soviético, mas sempre retomando para como os "comunas" são maus e quem apoiava o comunismo era claramente tolo, iludido, e/ou perverso... Mas, nunca escapando aos julgamento morais: até o pior do Ocidente é melhor que o melhor da URSS, como o fato do prestígio do xadrez no Ocidente ser nada comparado aos soviéticos, mas, não obstante, melhor por ser apoiado pelo capitalismo (!!!); gênios no tabuleiro são resumidos a imorais apoiadores 'genuínos' do comunismo, tendo suas contribuições ao xadrez indo por água abaixo (como o caso do Botvinnik, consideravelmente injustiçado quando ao seu impacto no que entende-se por xadrez profissional até hoje, bem como as bases do xadrez científico). Mesmo Bobby Fischer sendo famosamente antissemita e de ascendência judaica (muito bem representado no filme sobre o match do século 'O dono do jogo' (2014)), e o autor claramente o desprezar, enquanto rasga muitos elogios ao rival Boris Spassky, ambos não conseguem escapar dos papéis impostos numa narrativa maniqueista. Embora, ironicamente, esta seja uma parte do livro muito boa, quando parece haver algo como uma percepção não enviesada. Mas, não consegue mudar a experiência geral do livro: Cansa e decepciona a mim, tanto como entusiasta do xadrez, bem como historiador.

Em janeiro de 2022 • Via Amazon

Nota 10 -

Excelente livro, deve ser lido por quem gosta de xadrez

Em junho de 2021 • Via Amazon