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O Nascimento do Cemitério. Lugares Sagrados e Terra dos Mortos no Ocidente Medieval - Michel Lauwers - 9788526812260

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788526812260
ISBN-108526812262
TítuloO Nascimento do Cemitério. Lugares Sagrados e Terra dos Mortos no Ocidente Medieval
AutorMichel Lauwers
EditoraUnicamp

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para O Nascimento do Cemitério. Lugares Sagrados e Terra dos Mortos no Ocidente Medieval - Michel Lauwers - 9788526812260 atualmente é R$ 70,40.

Avaliação dos usuários

4.9

44 avaliações

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O livro chegou antes do prazo, bem embalado e sem nenhum amassado. O autor apresenta a transição entre a necrópole antiga e o cemitério cristão.

Aracelli

• Via Amazon

O poder atemporal da Igreja nos cemitérios

Recomendo

Notadamente, os patrões de sepultamento da antiguidade com os patrões de um Ocidente cristianizado destoa do entendimento , pois, dentro de quase dois milênios de Patrística e Escolástica deixaram indeléveis marcas em relação a religiosidade e as insígnias do poder tanto temporal [ do Monarca] bem como o poder atemporal exercido pelo poder Imperioso da Igreja. O Cristianismo em suas bases não contemplava a alma imortal, ou um local especial para o sepultamento. Os discípulos pregavam a “ressurreição dos mortos”, pois Cristo, notadamente, havia ressuscitado. Não obstante, o cristianismo praticado pelos padres Apostólicos, perdeu sua verve. No II século, novas comunidades cristãs passaram a supor que os Evangelhos eram vazios sobre explicações da ressurreição e os novos discípulos passaram a buscar na Filosofia Grega as respostas que julgavam não terem. Nasce assim a Teologia [i.e.] a fusão do Evangelho com a cultura grega que, categoricamente, já era diametralmente oposta a crença na ressurreição. Sendo assim, a ressurreição e a imortalidade da alma [grega] não se coadunavam. Como a nossa sociedade tem arrimos na cultura judaico-cristã é importante entender a característica sepulcral antes antes da cristianização: [...]“Debaixo do próprio Fórum há restos de um velho cemitério, que causaram furor ao serem descobertos, no início do século XX.[...] Os mortos e enterrados são, com frequência, mais proeminentes do que os vivos no registro arqueológico. Cemitérios implicam a existência de uma comunidade, e presume-se que serão encontrados vestígios dela nos grupos de cabanas, cujos tênues contornos têm sido detectados debaixo de várias partes da cidade posterior, incluindo o Palatino. Temos pouca noção de qual seria a feição dessas cabanas (além do fato de serem feitas de madeira, barro e palha), e menos ainda do estilo de vida que elas abrigavam. Mas podemos preencher certas lacunas examinando os arredores imediatos de Roma” Portanto, não havia em Roma uma “Necrópoles” com liturgias para a “salvação” da alma , ou uma cidade categoricamente dedicada aos mortos Pessoas abastadas poderiam receber láureas de um sepultamento mais sublime. Algo que não se contemplava com pessoas mais humildes economicamente e escravos. É o advento da oratória da Igreja Católica Romana que pavimenta o surgimento aparelhado da “cidade dos vivos” e a “cidade dos mortos'. O processo para a formação da “necrópoles’ foi esculpido durante milênios, porém, tentaremos usar o poder da síntese. O nascimento do cemitério consagra em sua conjuntura o predomínio da Igreja em três consequências basilares: 1. O controle dos cemitérios permite a delimitação dos bens terrenos da Igreja, tirando assim sua gestão da tutela do poder temporal do Estado; 2. No domínio do cemitério, a igreja passa e gerir suas atividades dentro do Direito Canônico e, não mais, pelo Direito Romano, ou por outras ordenamentos legislativos. O Direito Canônico, foi imperativo para a formação do poder atemporal da Igreja [ especialmente na Escolástica] que também foi usado fartamente durante a Inquisição e nas subjugação das almas nas conquistas no âmbito das Grandes Navegações. E, mesmo neste século XXI, o Direito Canônico é o ordenamento civil e penal dentro dos portões da Praça de São Pedro e nas suas congêneres pelo mundo. 3. E, por fim, a “cidade dos mortos” outorgou a igreja interferir na hierarquia social e delimitar o espaço temporal (terreno); e espaço atemporal ( celeste); em uma dinâmica administrativa em que os cemitérios estão consagrados como ‘solo sagrado”, na qual a igreja fomenta o ritual daquilo que é santo ou daquilo que subjaz profano. É diante deste poder de sacralização do cemitério que Igreja exerce seu poder entre os mortos. Cemitérios que não traziam o poder atemporal da Igreja, eram vilipendiados. A história das Cruzadas está pontilhada de profanações contra cemitérios judaicos e islâmicos. Até o tratamento diferenciado ao sepultamento dos suicidas estava circunscrito ao Direito Canônico atemporal. Constantino em 313, no Edito de Milão, coloca fim às perseguições contra os cristãos tirando-os da clandestinidade. Porém, foi imperador Teodósio (347-395); quem conclama a Cristandade como a religião Oficial do Império e determina a todos os romanos, seus súditos, que sigam os dogmas estabelecidos nos concílios. Novos concílios e tratados teológicos aprofundam a Cristandade na Patrística com os estudos sobre Platão e a verve de Santo Agostinho. Porém, novos avanços doutrinários são estabelecidos na Escolástica, tendo como o expoente mais dinâmico, São Tomás de Aquino. Sendo assim, a sociedade feudal consagra e delimita o espaço físico ( temporal); e o espaço atemporal exercido pela igreja. E o caso ficou tal que não era possível sepultar alguém dentro da Cristandade sem a chancela da Igreja. E, para manter está estreita relação de controle social, os cemitérios foram trazidos mais próximas aos vivos. Sendo encravados em cidades e com pouco distanciamento das ordenanças temporais, seja de aristocratas, ou seja de um singelo artesão. Todos, inexoravelmente, estavam destinados a “cidade dos mortos” até o advento Portanto, a Igreja toma da aristocracia direitos e domínios tradicionalmente situados sob seu poder e a autoridade. A consagração dos cemitérios com essa dinâmica de poder atemporal sobre os mortos, demostra a amplitude que demarcam tal dominação. Por meio da exposição da pastoral religiosa sobre os mortos, os mecanismos objetivos recaem sobre os vivos. Pois nenhum familiar se aprazia em ter os ossos de entes queridos exumados e excomungados . Esse poder aumenta com a difusão da imortalidade da alma e da Teologia do Purgatório. A presença dos eclesiásticos eram cruciais para absolvição e pavimentação ao Paraíso. Não obstante, tudo deveria começar no sepultamento na “Cidade dos Mortos” para que o domínio atemporal sobre os vivos em uma conjuntura terrena pudessem plantear e rogar pelos falecidos. BLIOGRAFIA BEAR, Mary SPQR : uma história da Roma Antiga / Mary Beard ; [tradução Luis Reyes Gil]. – 1. Ed. – São Paulo : Planeta, 2017. Tradução de: SPQR ISBN 978-85-422-0940-2 MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Copyright © 1997, 2007. Jorge Zahar Editor Ltda. ISBN: 978-85-378-1628-8

Dell

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Muito bom

Recomendo

Livro instigante

elmano

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A espacialização do sagrado.

Recomendo

Trabalho acadêmico bem documentado e erudito, porém acaba se concentrando em análises teológicas e de direito canônico, pouco vinculado com questões sociais mais relevantes.

Cliente

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