Um desafio enfadonho
Não Recomendo
Maria, uma mulher destemida e sem papas na língua, decepcionada com o sistema de trabalho português e com o seu “Velhinho”, uma espécie de “namorado” e também amante. É que o “Velhinho” tem como único ofício ser garoto de programa e diante de sua amada, sempre escolhe outras prioridades, como seu trabalho e sua família, em especial o meio-irmão Jesus. Maria é mulher valente que também se apaixona por uma Baikal, arma de dois canos potentes. E depois que ela se apossa da Baikal, passa a ser a mulher que vai fazer jus à sua potência. Perceba que a premissa é maravilhosa, mas ler o livro (em minha experiência pessoal) foi um desafio enfadonho. Primeiro porque a narrativa ocorre através de cartas escritas por Maria, endereçadas ao “Velhinho”, sem datas e com acontecimentos narrados sem muita introdução. As cartas parecem muito com entradas de diário que tornam-se cansativas. E a segunda barreira é a escrita “inovadora” em segunda pessoa do plural, utilizando-se muito do português coloquial, o que para um leitor brasileiro pode não ser muito confortável. Maria dos Canos Serrados é a prova de que temas e premissas impactantes não bastam para sustentar uma história.
Maria
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