Quase perfeito!
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“I kissed a girl and I like do it” Katheryn Elizabeth Hudson nasceu em 25/10/1984 em Santa Bárbara, Califórnia. Filha de Mary Perry e Kate Hudson, foi criada de uma forma altamente rigorosa dentro do Cinturão Bíblico dos EUA. Seus pais viveram uma “vida de pecados” quando mais novos e, depois de despertarem para a religião, resolveram criar os filhos desta forma. Assim, nenhum deles podia ver desenhos animados, ouvir música ou falar palavrões. Só podiam viver dentro daquilo que prega o Evangelho. Katheryn nasceu com um talento extraordinário para a música. Dona de uma voz incrível e com facilidade para tocar, logo despertou a atenção no meio em que vivia e passou a cantar nos eventos religiosos, se tornando famosa o suficiente para ser direcionada para uma carreira na música gospel. Aos poucos, no entanto, conseguiu burlar a rigorosa vigilância dos pais e começou a ouvir escondida a “música proibida” e, claro, se encantou com aquilo. As várias negativas no meio gospel fariam qualquer um desistir, mas Katheryn persistiu, tentou outras coisas, mudou o estilo, viajou, botou a cara a tapa e… fracassou em todas elas. Mas cada queda fazia com que ela levantasse novamente e tentasse mais uma vez. Já no desespero, ela estava prestes a desistir quando deu uma guinada no seu estilo e passou a cantar de uma forma polêmica, tocando em assuntos que seus pais e o meio em que vivia morreriam de vergonha. Mas ali nascia Katy Perry, destinada a ser um ícone pop. Suas letras falavam de um estilo de vida muito mais libertino, volta e meia citando o homossexualismo de seus namorados e chegando a explodir em seu maior sucesso quando ela assumiu que beijou uma garota e gostou. Em meio a tanta polêmica, Katy persistiu, manteve sua postura e se tornou uma das maiores rainhas da música atual. Dali ela passou a mostrar um mundo cor-de-rosa, repleto de unicórnios, doces, bichinhos fofinhos e muita diversão, mas sem deixar de criticar os homens que “eram mais afeminados do que ela” em seus relacionamentos. E assim ela ganhou o mundo, ficou famosa, conquistou prêmios e teve que se explicar (várias vezes) para limpar a barra diante de um dos vários grupos que a criticavam. Tudo com a elegância e o talento que Deus lhe presenteou e sempre olhando para a tatuagem escrito “Jesus” no pulso, mostrando que Ele sempre estaria ali ao seu lado, para ajudá-la no que fosse preciso. Uma biografia bem divertida de se ler. Tem uma pitada das tradicionais biografias de músicos, com aquela história de colocar um violão nas costas e sair pela estrada para tocar em cada bar imundo ou festival de cidade pequena, passando pelas negativas das gravadoras até um improvável convite para tocar em algum festival, as dificuldades em se relacionar com outras estrelas, o mundo reconhecendo seu talento… só que tem um toque extra. Normalmente, as biografias de astros do rock falam do universo masculino, focam muito no abuso de drogas e de álcool e na quantidade de mulheres que o artista comeu. Aqui, por se tratar de uma cantora pop, saem as drogas e o álcool, sai aquela coisa mais “bruta” e entra o lado feminino. Não que não tenha lá seus abusos, principalmente com relação a sexo, mas é uma visão bem diferente da que se vê normalmente. E é uma alternativa bem divertida. A tradução e a revisão pecam em vários momentos. Por exemplo, fala em “maçanetas benfeitas” e no cantor “Bom Jovi”, além de falar que o West Ham é um time de futebol americano, além de vários erros de digitação e gramática. Mas nada disso atrapalha o ótimo livro, que retrata em detalhes uma história riquíssima e muito divertida de se ler.
Joao
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