Melhores Crônicas - José de Alencar
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As crônicas são escritas por um José de Alencar moço (1854-1857), bem humorado, que informa seus leitores e leitoras sobre os mais diversos acontecimentos, dialogando com eles, tecendo elogios, críticas e comentários gerais. As crônicas são bem mais extensas do que as escritas por outros grandes escritores (Machado de Assis, Olavo Bilac, Raul Pompeia) alguns anos mais tarde. Conforme explicado no prefácio de João Roberto Faria, trata-se de folhetins, ou seja, textos publicados em geral aos domingos, no rodapé da primeira página do jornal, dando conta dos principais fatos da semana. Ou seja, textos precursores de nossas atuais revistas semanais. Somos levados ao Jockey Club, ao Passeio Público, às festas populares com queimas de fogos na praia do Botafogo, aos teatros Lírico, São Pedro de Alcântara e Ginásio Dramático, as lojas da Rua do Ouvidor, a “fabrica de coser” de Madame Besse, na Rua do Rosário, aos colégios Köpke e Calógeras, em Petrópolis. Somos informados sobre as intrigas políticas, sobre acontecimentos internacionais relevantes e sobre acontecimentos locais econômicos, financeiros, sociais, dentre outros. Nas últimas crônicas, José de Alencar já não passa em revista os fatos da semana, mas apresenta aos leitores e leitoras textos bem humorados (O Rio de Janeiro às direitas e às avessas, Psicologia da mulher elegante, Flores de Abril) que nos revelam que o grande escritor está desabrochando.
Gisela
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