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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788535909784
ISBN-108535909788
TítuloJóias de Família
AutorTavares, Zulmira Ribeiro
EditoraCOMPANHIA DAS LETRAS
GêneroLiteratura NacionalRomance

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Jóias de Família - Tavares, Zulmira Ribeiro - 9788535909784 atualmente é R$ 24,00.

Avaliação dos usuários

4.1

22 avaliações

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As (falsas) joias de família

Recomendo

Este livro foi uma indicação entusiasmada do Lucas, do canal do YouTube Diário de Leitura. Ele descreveu o livro como “uma verdadeira joia”. Joia falsa ou verdadeira, aliás, é uma questão bem discutida nesta história, não só literalmente. Ela serve de metáfora para retratar, através da história de vida de Maria Bráulia Munhoz, a hipocrisia da burguesa sociedade paulistana. A narrativa começa com Maria Bráulia já idosa e viúva, moradora do 9º andar de um prédio no Itaim Bibi, onde também mora sua fiel escudeira Maria Preta, há anos sua empregada e que “é como se fosse da família”. “Em algumas circunstâncias isso quer dizer exatamente o que enuncia: que Maria Preta é como se fosse da família. Em outras, que Maria Preta não é como se fosse da família, uma vez que não é da família, é apenas “como se fosse””. - págs. 8/9. E Maria Preta nem é o seu nome, é só uma forma de diferenciá-la das outras Marias (incluindo sua patroa) que viviam ou frequentavam a casa da Eugênio de Lima quando Maria Bráulia era jovem e seu marido, o juiz Munhoz, ainda era vivo e em plena atividade. Inclusive com seu secretário-fisioterapeuta. Por causa de um inventário de suas joias - que começou com o valioso rubi sangue-de-pombo -, feito por seu secretário Julião, que na verdade é sobrinho de seu falecido marido, a viúva começa a se recordar do passado a partir de seu relacionamento com o juiz. Juiz esse que “nesses anos de Estado Novo nunca havia se metido com política nem havia de.” Mas “tinha dois ou três galinhas-verdes [1] como amigos”. - pág. 54. As recordações de Maria Bráulia duram um único dia, mas nos revelam como a antes rica e ingênua jovem vai, graças ao marido e ao mais-que-amigo joalheiro Marcel aprendendo sobre o que é falso, sobre ser falso e ter “seu rosto social (…) firmemente afivelado ao natural” - pág. 21. “Agora Braulinha seu casamento é um pouco como esse rubi. Você sabe e eu também sei como ele é. Tem dentro dele uma pequena inclusão (…), eu sei e você sabe qual é (…). Vamos então aproveitar essa inclusão para produzir com ela um bonito efeito-estrela (…). Acho que você está me entendendo Braulinha.” - pág. 52. Ah, gente, sensacional! Em menos de 100 páginas Zulmira Ribeiro Tavares, com sutileza e ironia, faz um retrato perfeito da tradicional família brasileira e suas (falsas) joias de família. NOTAS: [1] Galinhas-verdes era como eram chamados os integralistas, partidários da Ação Integralista Brasileira (AIB), partido nacionalista católico de extrema-direita inspirado nos princípios do movimento fascista italiano. Fonte: Wikipédia. Por Joias de Família a autora recebeu o prêmio Jabuti em 1991 nas categorias Livro do Ano de Ficção e Romance. Em 2015, um rubi birmanês de 25,59 quilates estabeleceu um novo recorde mundial ao ser vendido por U$ 30,3 milhões em um leilão organizado pela Sotheby’s na Suíça. Era um sangue-de-pombo encaixado num anel Cartier. O comprador anônimo fez o lance pelo telefone. SOBRE A AUTORA: Nasceu em São Paulo, em 1930 e faleceu em 2018. Fez curso de formação em cinema no MASP e trabalhou como crítica de cinema. Escreveu poemas, ensaios, ficção, fazendo também uma fusão destes gêneros. Joias de Família, junto aos livros O nome do bispo e Café pequeno “formam uma pequena e ácida trilogia familiar, que desmascarara os convencionalismos da classe burguesa paulistana, ensaiando sua ruína.” (Luciano Dias Cavalcanti, em A mentira encenada em Joias de Família, de Zulmira Ribeiro Tavares).

Denise

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Gostei

Recomendo

Criei muita expectativa. Só gostei

Anamélia

• Via Amazon

o rubi e a vida

Recomendo

Foi o primeiro livro de Zulmira Tavares, recentemente falecida, que li. Sob o aspecto formal, constrói prosa da maior qualidade, na qual sutileza e ironia são muito bem combinadas. A personagem principal, Maria Bráulia, descendente da aristocracia paulista, tem um casamento de conveniência, mútua, com um juiz, que dá a ela um anel de noivado considerado muito raro, de uma modalidade de rubi. Este objeto tem um papel central no enredo, visto que em torno dele há um jogo de falso/verdadeiro que também permeia a vida do casal. As aparências,tanto em relação à pedra quanto ao casal, prevalecem, o que é revelado de forma indireta, mas bem sugestiva. Maria Bráulia vive com uma empregada que herdou da casa paterna, de nome Maria Preta, e entre as duas se desenvolve relação marcada pela subserviência, de um lado, e pelo autoritarismo condescendente ( é como se fosse da família ), de outro, além de racismo tão camuflado como o casamento dos patrões e a pedra verdadeira. É uma autora que deve ser melhor conhecida. Recomendo e muito.

Carlos

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A verdade sob os lençóis

Recomendo

História bem encadeada, divertida e com algumas surpresas. A partir da avaliação -para possível venda - de uma joia, conhecemos a verdadeira história de um casamento aparentemente bem convencional.

roxane

• Via Amazon