Bom
Recomendo
Acho Rorty muito erudito e seu pragmatismo destituído de idealismos coerente com nosso momento, mas o texto pode ser um pouco cansativo ao discutir longamente teses de pouco interesse. Mas isso depende do olhar do leitor, claro. O caso é que, apesar da qualidade do conteúdo, a leitura não me agradou, o tempo de leitura não foi tão prazeroso como eu gostaria, lembrando que não sou filósofo e não faço isso como obrigação, profissão. Alguns capítulos realmente oferecem contribuições que levaremos adiante. Gostei especialmente do cap. 6 que explica nossa cultura literária em substituição às anteriores buscas pela redenção através da religião ou da filosofia, o que até me ajuda entender porque leio filosofia. Mas não há ligações nítidas entre os capítulos, mostrando que são textos colecionados, o que me desagrada em grande parte da produção bibliográfica dos professores de hoje. Também não gosto do discurso filosófico contemporâneo que se rendeu ao gênero dissertativo dos trabalhos universitários perdendo toda poeticidade, toda beleza, toda irreverência e combatividade. Mas no caso de Rorty, escrever um texto assim até combina com sua filosofia pragmática. O livro vale a pena, mas alguns capítulos não conseguiram me prender e, como disse, há momentos bem monótonos na leitura.
Anderson
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