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ISBN | 9788571644953 |
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ISBN-10 | 8571644950 |
Título | Ensaio Sobre a Cegueira |
Autor | Saramago, José |
Editora | COMPANHIA DAS LETRAS |
Gênero | Literatura EstrangeiraRomance |
O menor preço encontrado no Brasil para Ensaio Sobre a Cegueira - Saramago, José - 9788571644953 atualmente é R$ 40,02.
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Mestre da Literatura
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Ensaio sobre a Cegueira demonstra claramente como Saramago é um ganhador do Nobel de Literatura. É denso, profundo, instigante. Convida a pensar enquanto entretém e te lança naquele mundo caótico (distópico?) que ele cria. Os personagens não tem nome. Podíamos ser eu e você passando por essa crise (pandemia, epidemia?) e tentando sobreviver. A identificação é quase imediata, pois o estilo do autor nos joga diretamente no enredo e vamos tateando os acontecimentos tal como os personagens. E o estilo de escrita de Saramago, que pode assustar a princípio, colabora muito pra contar essa história. Ele é reconhecido por não separar claramente as falas nos diálogos. Por vezes você pode não reconhecer quem está falando. Tal como alguém que tivesse acabado de perder a visão. Se você está com medo de ler Saramago por sua fama de escritor difícil, meu conselho é: leia com medo mesmo. Em pouco tempo você estará acostumado a esse estilo e aproveitando uma obra prima de um mestre da Literatura. Feche seus olhos e veja, conheça intimamente os personagens e a você mesmo, espelhados em criações realistas e fantásticas.
José
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ANDRÉ
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Uma obra acerca da verdadeira face da violência e do abismo moral que está à espreita
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Quando Primo Levi narra em É isto um homem? a face do mal, que apesar de não ter humanidade, é humana, ele escancara a força da ignorância e a capacidade criativa do homem para praticar a dor ao semelhante, e é acerca dessa mesma força que Saramago utiliza para também contar ao leitor, que, "quando o corpo nos desmanda de dor e angústia, então é que se vê o animalzinho que somos". Narrando, portanto, a vida de uma coletividade que se vê gradualmente assolada por uma epidemia de cegueira, o escritor passa a pontuar os velhos costumes da humanidade, que se travestem muitas vezes de inocência para praticar as maiores vilezas, sobressaindo quaisquer instintos frente aos valores que cada homem proclama possuir. Ainda que não explicitamente, Saramago conversa com seu leitor sobre a ética e a "responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam", sendo poucos, mas fundamentais personagens que continuam a se manter fiéis ao que outrora eram; que ainda em menor número são aqueles que resistem e confirmam as duas faces do homem, no grande embate pela vida que é o romance do escritor. Enquanto alguns estão cegos sem visão, em contraponto também há os cegos com plena capacidade de enxergar, sendo esses, os incapazes de se livrar da tentação do mal, empreendem os atos mais asquerosos e angustiantes da trama, valendo-se do fraco para exaltar o domínio de sua insignificância, como ocorre, quando, finda as joias e demais bens de valor, as mulheres se tornam a moeda de troca, onde o escritor expõe que por meio da cegueira é quando se vê com maior clareza a podridão da alma humana. Com tudo isso, em uma grande metáfora acerca da cegueira contemporânea, Saramago cega seus personagens para deixar a nós, leitores, uma visão límpida da perversão e da corrupção do homem, do Estado e também, da verdadeira face da violência e do abismo moral que está à espreita, esperando a oportunidade, eventos e tempos anormais para se revelar, como sempre o faz em tempos sombrios, o ditador e o totalitário. Ótima leitura a mim, fica a review para quem dela precisar.
Luciana
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