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Doutor Fausto - A Vida Do Compositor Alemão Adrian Leverkühn Narrada Por Um Amigo - Thomas Mann - 9788535926484

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788535926484
ISBN-108535926488
TítuloDoutor Fausto - A Vida Do Compositor Alemão Adrian Leverkühn Narrada Por Um Amigo
AutorThomas Mann
EditoraCompanhia Das Letras

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Doutor Fausto - A Vida Do Compositor Alemão Adrian Leverkühn Narrada Por Um Amigo - Thomas Mann - 9788535926484 atualmente é R$ 79,92.

Avaliação dos usuários

4.9

594 avaliações

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Será Leverkühn, Nietzsche ou Hitler?

Recomendo

Último parágrafo de Doutor Fausto: [...] A essa altura, a Alemanha, as faces ardentes de febre, no apogeu de selvagens triunfos, cambaleava, ébria, a ponto de conquistar o mundo, graças a um pacto ao qual tencionava manter-se fiel e que assinara com seu sangue. Hoje, cai de desespero em desespero, cingida de demônios, cobrindo um dos olhos com a mão e cravando o outro num quadro horroroso. Quando raiará da derradeira desperança, um milagre que, superior a qualquer fé, traga a luz da esperança? Um homem solitário junta as mãos e diz: "Que Deus tenha misericórdia de vossa pobre alma, meu amigo, minha pátria!". Leitura concluída... Em 2018, li a biografia de Nietzsche e o livro Doutor Fausto muito me fez lembrar da vida do filósofo. A vida de Adrian Leverkühn foi escrita pelo seu amigo Serenus, que era professor e filólogo (assim como Nietzsche). Fausto estudou por um tempo Teologia, mas depois logo mergulhou nos estudos da Música. Tinha o desejo de destacar-se como profissional dessa bela arte. Vi vídeos do YouTube que falavam do protagonista ter adquirido sífilis com uma garota de programa, bem... li com bastante atenção e não achei nada que falasse diretamente da doença, certo que os sintomas que o mais debilitaram eram condizentes com a Lues, sim. Voltando a falar desse encontro com a meretriz de nome Esmeralda, parece que foi nesse dia que firmou-se o pacto com o diabo. Esse aparece anos depois para conversar com Fausto... ou teria sido uma alucinação por conta da doença já ascendida ao cérebro? Isso só Mann poderia nos dizer. A aparição do demônio dá-se no capítulo 25, uma característica dele que não sabia é que ele é extremamente gelado, quando está num ambiente todo o seu entorno sente frio. O vigésimo quinto capítulo é todo um diálogo (ou seria monólogo) do contrato em si. Fica acertado que o nosso protagonista não poderá viver um momento tão bom em que desejasse que o tempo parasse. Aliás há uma excelente explanação do tempo/ampulheta no capítulo. O livro tem inúmeras explanações sobre a música erudita, tema que permeia todo o livro, além da primeira guerra. Nosso protagonista, curiosamente depois do pacto, perdeu muitas pessoas queridas, terá alguma relação ou simplesmente as pessoas morrem de fato? Mann, como nos Bruddenbook traz uma ironia ao falar de convenções e encontros, genial. Pensei também se a derrocada de Adrian Leverkühn não é a da Alemanha e de Hitler.

Lúcia

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Terrivelmente brilhante; dê uma chance a Mann

Recomendo

Imensamente impactada pelas Grandes Guerras, as maiores obras de Mann, como A Montanha Mágica e Os Buddenbrook são também palcos para abordar a "festa mundial da morte" e seus rumores, mas certamente nenhuma das citadas é tão pontual quanto ao horror acometido nos períodos, como Doutor Fausto. Fazendo parte de um grupo de alemães exilados que conseguiram fugir das garras do nazismo, o escritor é um dos quais se propôs, por meio da literatura, narrar o inenarrável, de modo que Doutor Fausto antes de uma obra acerca da música, é uma obra sobre o paradigma do mal, a descida ao inferno e das possibilidades tenebrosas da natureza humana quando a ascensão do Terceiro Reich se concretiza. Tomando, pois, a vida e obra do compositor Adrian Leverkühn, que cede sua alma ao diabo em troca de tempo para radicalizar a música da época, que tende a abalar o cenário musical, além de se comprometer na impossibilidade de se amar a outrem e caso o faça, terá seu revés; é, por conseguinte por meio desse cenário que Mann utiliza-se de uma alegoria do mito faustico para expor o pacto da Alemanha contra a humanidade, renunciando a lei, a religião e a moral para conceber, sob um governo ignóbil aquilo que o escritor chama de vergonha e que fez a humanidade estremecer de horror. No entanto, embora a Alemanha tenha pactuado com o mal, a obra está recheada de contrapontos e de censuras para com o ocorrido, buscando, por meio do personagem-narrador dar a voz do escritor espaço para seu ceticismo e para suas visões quanto a cultura, religião, organização social, em mais uma impecável, sombria e grandiosa obra, como foi a sonata escrita por Leverkühn, que assim como os capítulos finais, aguardam o leitor, para o bem ou para o mal, a se acompanhar os acontecimentos espantosos que sucedem. No mais, a quem deseja iniciar Mann, eu recomendaria primeiro Os Buddenbrook, depois o leitor se conduziria perfeitamente sozinho por Doutor Fausto. Fica, portanto, a review para quem dela precisar. Quanto a estética: capa dura, folhas amarelas de qualidade e boa diagramação, perfeito.

Luciana

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Viver bem!

Recomendo

Gostei, é um bom autor, eu recomendo.

Cliente

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Uma jornada vertiginosa, fascinante, recompensadora

Recomendo

A já bem conhecida proposta deste épico de Thomas Mann é mais que suficiente para atrair a atenção de qualquer leitor curioso. Mas o que Doutor Fausto apresenta ultrapassa toda expectativa. É um livro inesgotável desde 1947 e que provavelmente o será por tempo indeterminado. Em profunda crise diante dos escombros deixados pelo totalitarismo nazista, Mann refaz o tradicional mito fáustico sob uma genial analogia do compositor fictício Adrian Leverkühn com sua pátria. Ambos assinam um pacto com o mal e encaram uma descida vertiginosa de sua consciência rumo à desesperança. O maior trunfo, porém, reside na própria pena do autor. Como um dos maiores eruditos de sua época, Mann se firma em sua escrita caudalosa (que tanto exige do leitor!) enquanto tece um romance extremamente musical, o qual segue claramente os princípios básicos da música clássica. Tanto é que o final do livro é de um accelerato de tirar o fôlego, tudo regido por um homem que, se não foi maestro musical, certamente foi maestro literário. Poucos - provavelmente ninguém mais, na verdade - alcançaram esse poder como Thomas Mann. Soma-se a isso personagens fabulosos, diálogos deliciosos, debates honestos sobre arte e, sobretudo, uma descrição poderosa do conflito espiritual que, na figura de Leverkühn, foi o preço pago pela alma alemã por causa do pacto demente de seu Führer com o Diabo. Não é uma jornada simples avançar por essas páginas. Mas é uma obra que retribui dobrado todo esforço dispensado em seu favor.

Victor

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