A proposta do livro poderia ser mais homogênea
Recomendo
A presente obra sustenta-se pelos seguintes capítulos: Ler e escrever: a especificidade do texto literário - A produção escrita - A crônica - O conto - A poesia - O romance - Tipologia textual - Leitura e escrita e novas tecnologias. De um modo geral, o livro descreve conceitos básicos de textualização já bem conhecidos, de uma maneira simples, didática e direta; da mesma forma, pode-se dizer dos gêneros literários expostos já citados. Minha análise e observações: o grande problema que eu encontrei na obra é a falta de linearidade da proposta com os outros gêneros após a crônica. Explico-me. A parte que descreve a crônica começa conceituando essa categoria textual, em seguida, ilustra-a com uma crônica de Lima Barreto. Logo após a crônica, o autor fornece dicas e estratégias, a partir da composição da obra de Barreto, de como podemos pensar a criação de nossos próprios textos, com base nesse olhar analítico sobre o literário. Terra demostra que, da crônica, devemos ser capaz de escrever textos mais sucintos e que garantam os discursivos pretendidos, além de outras dicas para a produção textual. Por outro lado, essa ideia não é levada a cabo nos outros capítulos, estes ficam apenas nas descrições dos gêneros, e o autor não fornece, igual ao capítulo da crônica, olhares para, com base na leitura desses textos, pensar estratégias para os textos próprios. O que, em minha opinião, é uma pena, pois se ideia fosse desenvolvida nos outros gêneros esse livro seria um clássico obrigatório para todos os públicos. É uma pena mesmo, no mundo em que várias obras de produção de textos parecem todas iguais, esse livro romperia com essas descrições genéricas de uma maneira inteligente e produtiva.
Igor
• Via Amazon