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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788572327183
ISBN-108572327185
TítuloContos Fluminenses
AutorMachado De Assis
EditoraMartin Claret

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Contos Fluminenses - Machado De Assis - 9788572327183 atualmente é R$ 16,85.

Avaliação dos usuários

4.7

120 avaliações

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Machado, o Precursor

Recomendo

Desbravando o gênero conto mais detidamente, temos aqui, talvez, os primeiros passos mais consistentes do Machado contista. Ainda que tenha publicado contos desde bem cedo, penso por exemplo, em “O País das Quimeras” publicado em 1862, com apenas 23 anos; é só em 1870 que irá organizar em livro alguns de seus contos. Com exceção de “Miss Dollar" (conto inédito), os demais contos foram publicados entre 1865 e 1869. Me explicarei sobre o contexto biográfico aqui delineado. Pois, é através dele, que nos deparamos com a imaturidade de Machado, mas também com lampejos de sua genialidade em construção. O contra senso da frase “genialidade em construção”, é justamente aquilo em que acredito. Machado além de negar os realistas fiéis a verossimilhança, também negava os românticos. Se há um consenso que Machado é nosso maior escritor, não vejo a mesma preocupação em traçar que essa grandeza foi construída com muito esmero, passo a passo, livro por livro. Vamos ao livro. Todos os contos têm como pano de fundo um enredo romântico, todavia, utilizam de sua temática para eclodir a expectativa de um estética romântica. É a partir de seu conteúdo que Machado irá explorar livremente (e de certo modo, experiencialmente) a forma de seus contos. Passeando entre o puro romanesco, a comédia, a tragédia, desenha-se (como sempre) todo aquele painel social, crítico e agudo. As contradições da aristocracia, seus olhares enviesadamente fechados, em alguns casos, são o ponto de chegada e motivo para o triste desenlace de algumas histórias. Ademais, temos o embrião dos narradores auto-conscientes de Machado, sua postura arguta, escorregadia. Talvez, possamos enxergar aqui, algumas linhas de Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro (para falar de romances). Dentro desses contos, já podemos vislumbrar a famigerada preocupação com a ascensão social tão presente em seus quatro primeiros romances. Dado esse ponto de partida, preciso concluir com suas falhas. Parafraseando Edgar Allan Poe, acredito que a principal falha de Machado nesses contos, esteja em não se atentar ao gênero pretendido antes de pensar suas histórias. Em muitas delas, a unidade de efeito se perde. Alguns desses contos, teriam facilmente fôlego para serem uma novela ou mesmo um romance. Por esse motivo, a conclusão de algumas histórias são apressadas, aceleram o tom das narrativas indo em total desacordo com o que era construído até ali. Algumas se embotam, se repetem e, em alguns casos, se alongam em demasia. Enquanto alguns contos têm fôlego para mais, outros não. Ainda sim, a seleção dos contos possui uma unidade clara, uma convergência entre as personagens, seus anseios, como também em seus imbricamentos estruturais.

Matheus

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Ótimo!

Recomendo

O livro chegou em perfeito estado!

João

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Primeiro livro de Machado de Assis

Recomendo

Comecei a ler Machado de Assis na 7° série, 8° ano, gosto muito dele. Já senti estranhamento diante do ressentimento que muitas pessoas leitoras tem em relação a ele, hoje compreendo melhor essa situação. Foi fácil para mim gostar do Bruxo pois não pesava entre mim e ele cobranças: não li obrigada, ignorava solenemente as fichas de leitura (sempre achei aquelas perguntas bestas), não fiz prova ou seminário. Lia, comentava com Aline e outras amigas, as vezes elas liam também, era isso. Era feliz, e sabia. Em adulta essa relação não mudou nada e, em um fim de manhã de 2015, depois de perder as estribeiras com o 7° A, passei no sebo e compre a R$5,00 essa charmosa edição de "Contos Fluminenses", primeiro livro publicado pelo Machado de Assis. Aqui, como quase sempre, Machado foi sarcástico, ácido, irônico e cirúrgico na descrição do universo que escolheu descrever, ou seja, o da vida, cultura política e percepção da realidade da branquitude da Corte do Império do Brasil no século XIX. Na obra machadiana a branquitude emerge como um grupo de pessoas confortavelmente acentadas em seus privilégios, mesquinhas, egoístas, vaidosas, preguiçosas, ridículas, sádicas, dissolutas, de moralidade atroz, sem nenhum senso de responsabilidade social, sem nenhuma capacidade de perceber a humanidade das pessoas além da branquitude, algumas vezes nem mesmo além de si. Uns homens velhacos, umas mulheres oprimidas e vaidosas e mesquinhas. Para a branquitude oitocentista, pessoas negras, indígenas, pobres eram menos que humanas, não possuiam relevância. Uma criança negra ou indígena ou pobre poderia caí do 9° andar, ser alvejada de tiro voltando da escola ou ser fuzilada dentro de casa, a tragédia dos mocambos não afeta o sobrado. Já a perda de um cachorro de raça é caso de anúncio em jornal. Sendo assim, já sabem quem mais aparece nos contos né? Terminei a leitura absurdada com a coesão da obra machadiana. Já em sua primeira obra ele apresentou os vários temas que posteriormente foram conscienciosamente destrinchando em outras obras. Machado não fala da alma humana, ele fala da alma de uma parte específica da humanidade que, para meu desespero, não mudou muito nos últimos cem anos.

Jacilene

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Muito Bom.

Recomendo

O livro é ótimo, como tudo que foi escrito por Machado de Assis.

Francisco

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