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Contos Fluminenses - Contos Volume 4 - Assis, Machado De - 9788504007435

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788504007435
ISBN-10850400743
TítuloContos Fluminenses - Contos Volume 4
AutorAssis, Machado De
EditoraNACIONAL
GêneroLiteratura NacionalContos e Crônicas

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Contos Fluminenses - Contos Volume 4 - Assis, Machado De - 9788504007435 atualmente é R$ 22,82.

Avaliação dos usuários

4.7

120 avaliações

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Ótimo!

Recomendo

O livro chegou em perfeito estado!

João

• Via Amazon

Primeiro livro de Machado de Assis

Recomendo

Comecei a ler Machado de Assis na 7° série, 8° ano, gosto muito dele. Já senti estranhamento diante do ressentimento que muitas pessoas leitoras tem em relação a ele, hoje compreendo melhor essa situação. Foi fácil para mim gostar do Bruxo pois não pesava entre mim e ele cobranças: não li obrigada, ignorava solenemente as fichas de leitura (sempre achei aquelas perguntas bestas), não fiz prova ou seminário. Lia, comentava com Aline e outras amigas, as vezes elas liam também, era isso. Era feliz, e sabia. Em adulta essa relação não mudou nada e, em um fim de manhã de 2015, depois de perder as estribeiras com o 7° A, passei no sebo e compre a R$5,00 essa charmosa edição de "Contos Fluminenses", primeiro livro publicado pelo Machado de Assis. Aqui, como quase sempre, Machado foi sarcástico, ácido, irônico e cirúrgico na descrição do universo que escolheu descrever, ou seja, o da vida, cultura política e percepção da realidade da branquitude da Corte do Império do Brasil no século XIX. Na obra machadiana a branquitude emerge como um grupo de pessoas confortavelmente acentadas em seus privilégios, mesquinhas, egoístas, vaidosas, preguiçosas, ridículas, sádicas, dissolutas, de moralidade atroz, sem nenhum senso de responsabilidade social, sem nenhuma capacidade de perceber a humanidade das pessoas além da branquitude, algumas vezes nem mesmo além de si. Uns homens velhacos, umas mulheres oprimidas e vaidosas e mesquinhas. Para a branquitude oitocentista, pessoas negras, indígenas, pobres eram menos que humanas, não possuiam relevância. Uma criança negra ou indígena ou pobre poderia caí do 9° andar, ser alvejada de tiro voltando da escola ou ser fuzilada dentro de casa, a tragédia dos mocambos não afeta o sobrado. Já a perda de um cachorro de raça é caso de anúncio em jornal. Sendo assim, já sabem quem mais aparece nos contos né? Terminei a leitura absurdada com a coesão da obra machadiana. Já em sua primeira obra ele apresentou os vários temas que posteriormente foram conscienciosamente destrinchando em outras obras. Machado não fala da alma humana, ele fala da alma de uma parte específica da humanidade que, para meu desespero, não mudou muito nos últimos cem anos.

Jacilene

• Via Amazon

Muito Bom.

Recomendo

O livro é ótimo, como tudo que foi escrito por Machado de Assis.

Francisco

• Via Amazon

O valor principal é histórico, mas há também importância literária.

Recomendo

“Contos Fluminenses” (1870) foi o primeiro volume de contos publicado por Machado de Assis, e na verdade seu primeiro livro de prosa. De autor jovem, cuja experiência de ficcionista não era muito extensa e cujas habilidades literárias não haviam encontrado ainda o poderoso reforço que foi, para Machado, a leitura minuciosa que fez sua esposa Carolina de muitos de seus manuscritos, não se deve esperar desta primeira coletânea algo que se equipare a volumes posteriores, como “Papéis Avulsos”, “Histórias sem Data”, “Várias Histórias” etc. O livro tem inegável valor histórico. Por um lado, o contraste entre a quase superficialidade das cenas pintadas pelo autor de “Miss Dollar” em 1870 e a profundidade aterradora de um conto como “A Causa Secreta”, que apareceu pela primeira vez 15 anos depois, só faz ressaltar o quanto evoluiu Machado ao longo de sua carreira. Por outro lado, o leitor conseguirá encontrar em cada um dos sete contos da coletânea inaugural, em estágio embrionário, alguns dos traços mais marcantes da escrita de Machado, que seriam desenvolvidos e aprimorados dali para diante. Mas além do valor “relativo”, além daquilo que serve para comparar o autor consigo mesmo, fica a questão referente ao valor literário intrínseco de “Contos Fluminenses”. Lúcia Miguel Pereira, em seu excelente “Estudo Crítico e Biográfico” de Machado de Assis, chega a afirmar que o livro “nada vale”, enfatizando algumas falhas realmente importantes que maculam estes contos — notadamente, a falta de realidade, sendo “tudo fantasia, tudo jogo de palavras”, como se ali não houvesse nenhuma pessoa de verdade. Sem ousar discordar da nobre autora, ressalto que os contos podem apresentar ao leitor algum valor literário. É claro que em certos pontos, tal valor vem mais pelo contra-exemplo. As descrições fisionômicas se mostram, em sua maioria, fracas ou monótonas. O emprego das pontas duplas (“vivos e ardentes”; “imponente e augusta”; “negros e um pouco amortecidos”; “risonha e expansiva”, “formosa e altiva”; “profundo e magnético”; “elegantes e delicadas”; “distinto e próprio”; “afetado e prosaicamente medido”) é quase uma compulsão nesses retratos físicos, muitas vezes deixando o parágrafo avançar sem nenhuma pintura viva e marcante das pessoas que estão sendo postas em cena. Ademais, há duas páginas de “Miss Dollar” (pp. 22 e 23) em que a repetição de certas palavras (“o vestido”, “olhos verdes” e “Margarida”) chega a ser tão irritante, que só o argumento da desatenção salvaria o autor. Mas entendo que há algumas coisas positivas a aprender com os “Contos Fluminenses”. O interesse pela sutileza na análise psicológica já está presente neste livro, ainda que de modo mais simplificado. A ironia e o humor encontram excelentes deixas nos contos, revelando que o autor já tem domínio técnico destas artes tão difíceis. Alguns enredos como “Linha Reta e Linha Curva” me parecem, no mínimo, e apesar de certos excessos, bem concebidos e organizados. Machado constrói ótimo jogo de expectativas nos parágrafos iniciais de “Miss Dollar”, que são excelentes, assim como opta corretamente pelo uso do narrador em primeira pessoa nas “Confissões de uma Viúva Moça”, para produzir a surpresa (e a lição de moral) que nos aguarda ao final do conto. Os motivos egoístas das escolhas humanas mostram-se em “O Segredo de Augusta”, assim como o sacrifício heróico e nobre se faz revelar em “A Mulher de Preto”. No que diz respeito à edição da Martin Claret, volto nesta resenha a afirmar que a editora melhorou muito depois que decidiu abandonar aquelas capas cafonas e os enormes números de página em marca d’água. Trata-se, por outro lado, dum livro de bolso, com a letra meio pequena e margens sem muito espaço para notas. O texto em si parece estar em bom estado, embora haja alguns erros que não constam da versão do texto que está em domínio público. Anote aí: _____ na p. 73 - está escrito “advinhava-se”... essa foi de matar! _____ na p. 167 - é “conservar-se” e não “conserva-se”. _____ na p. 206 - é “devia ser de poucos dias” e não “... pouco dias” _____ na p. 210 - é “discurso sem nexo” e não “... sem anexo”. CONCLUSÃO: O livro não tem chance de figurar entre os melhores de Machado, nem qualquer conto seu parece apto a participar de boas antologias. Ainda assim, a publicação tem algum valor didático, especialmente se lido depois das obras mais importantes do autor. A edição tem defeitos, mas não é ruim para um livro de bolso. Quatro estrelas.

Thiago

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