Um dos melhores cronistas da literatura brasileira
Recomendo
É a segunda vez que leio “Boca de Luar”. Na primeira vez, adolescente, na segunda, quase aos trinta. A sensação ainda é a mesma. Lembro-me de carregar esse livro na mochila o tempo inteiro, presente de alguma tia. Eu ficava atraída pelo humor irônico, pela descrição criativa de assuntos tão cotidianos, pela crítica implícita e e as vezes explícita, mas leve e gostosa de ler ao mesmo tempo. Foi esse tipo de leitura que me despertou a vontade de escrever, e mesmo depois de muito tempo, ainda considero Drummond um gênio da crônica. Tem textos com tons, sentimentos e assuntos diferentes. Vai desde uma descrição de um possível jantar motivo de fofoca em tabloide a uma análise sobre uma barata. Incrível. É o tipo de livro que pode ser lido aos poucos, de crônica em crônica, como um pingo de relaxamento no dia; mas também pode ser lido em uma tacada só, para pessoas como eu, que não aguentam saber que não terminou algum livro.
Raphaela
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