Sobre encarar seus medos...
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Medos. Por vezes eles nos consomem. [des]estabilizam. Desnorteiam. Outras vezes agem, mesmo que indiretamente, como propulsores para que sigamos em frente. Em “Amiga galinha” conhecemos três amigos que, distraídos e entediados, resolvem desbravar novas aventuras para além do cercado que faz parte de suas rotinas. Em minha vida foram MUITOS os momentos que o medo, a insegurança e minha timidez me fizeram congelar. Permanecer no mesmo lugar. Sem conseguir me permitir. Hoje, depois de muitas idas e vindas, tapas na cara, bochechas vermelhas e tremedeiras, aprendi a lidar e amenizar com muitos de meus sabotadores internos. É engraçado, não é, ver o quanto somos resilientes? [por mais que não conseguimos percebê-lo diariamente] O quanto nossas jornadas inesperadas vêm para nos fazer crescer, amadurecer e fortalecer. Gosto de livros que, num primeiro olhar, parecem simples mas que, com leveza, me deixam com a pulga da inquietação atrás da orelha e muitas reflexões internas. Me vi em alguns momentos de “Amiga galinha”, tão arisco, tão arredio… Hoje, olhando para trás, vejo como que os medos [não, eles nunca nos abandonam!] podem me desafiar. Positiva ou negativamente. Cabe a eu mesmo decidir o que fazer com eles. Encará-los ou deixar que me dominem? Atualmente, os encaro. E, se preciso for, dou um passo atrás para recuperar o fôlego. “Sair da rotina, desbravar novas paisagens, mudar de caminho e de destino é algo irresistível, ainda mais na companhia de amigos. Assim é que um cachorro, um porco e uma galinha decidem um dia se arriscar além dos limites do cercado onde vivem. O cão bota pilha na aventura, o porco acha tudo bonito e a galinha se apavora. Mas não é que o medo, em certos momentos, pode ser muito bem-vindo?”
Helder
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