Sobre a individualização/privatização da sociedade
Recomendo
Para Bauman, a ênfase excessiva nas vidas individuais elimina os vínculos entre os indivíduos. Não se tem questionado essa forma de vida. Sua proposta é contar novas histórias (narrativas) possíveis que ampliem a conexão no espaço público (ágora). O livro é divido em três partes: a) como somos: a incerteza moderna trouxe a perda de compromisso local e comunitário, desvalorizando-se no processo de globalização a conexão local. Mais individualização aumenta a incerteza que possibilita, na busca de algum sentido, que os indivíduos procurem a uniformização da vontade e pensamento para ter alguma segurança sobre suas vidas. Na crise de ambivalência de sentido, o espaço privado ganhou proeminência. A crise do Estado de bem-estar social é consequência da perda de solidariedade em uma sociedade individualizada. Identidades privatizadas não possibilitam identidades coletivas. A política deve reabilitar um espaço de coordenação das identidades em suas diferenças. b) como pensamos: o espaço privado tem colonizado o espaço público. Há um esvaziamento de questões públicas. A própria crença no progresso social foi minada e substituída pela crença no progresso individual. As identidades passaram a ser adotadas e trocadas como substitutas da comunidade. A perda de fé nos valores estáveis levou à busca de satisfação instantânea. c) como agimos: a individualização possibilitou disputas de moralidades no espaço público. O espaço democrático foi preenchido por interesses individuais privados. Para os indivíduos, só importa o agora, já que, para muitos, nada se perpetua ou é imortal. Críticas: excesso de repetições e textos prolixos, desnecessariamente.
Anderson
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