Excelente!!!
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Uma obra interessante,de leitura fácil,rápida e dinâmica! Simplesmente muito bom!
Wander
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ISBN | 9788582864524 |
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ISBN-10 | 8582864523 |
Título | A Marcha. John Lewis e Martin Luther King em Uma História de Luta Pela Liberdade - Livro 1 |
Autor | John Lewis |
Editora | Nemo |
O menor preço encontrado no Brasil para A Marcha. John Lewis e Martin Luther King em Uma História de Luta Pela Liberdade - Livro 1 - John Lewis - 9788582864524 atualmente é R$ 59,23.
Avaliação dos usuários
4.8
148 avaliações
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Excelente!!!
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Uma obra interessante,de leitura fácil,rápida e dinâmica! Simplesmente muito bom!
Wander
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Leitura obrigatória
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Leitura obrigatória pra quem deseja entender a luta por direitos.
Yan
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Simples e bom
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Uma forma simples e gostosa de ler sobre a história pela luta dos direitos humanos na década de 60 nos Estados Unidos
Homero
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O início de uma trajetória
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A Marcha é o começo de uma série em três volumes falando sobre a luta de homens como John Lewis e Martin Luther King por direitos iguais para a população negra norte-americana. Se passa em um dos momentos mais agudos da segregação racial nos EUA, as décadas de 1950 e 1960. Já sabemos que a HQ vai culminar na famosa Marcha em Washington onde Luther King faz seu famoso discurso e causa uma mudança social importante. Mas, até lá há um enorme processo de luta social e vamos acompanhar isso pelos olhos de John Lewis, um dos homens que discursou na Marcha. Um dos últimos remanescentes daquele momento histórico, Lewis conta sobre sua infância e o que o levou à luta. Apesar de não ser o elemento mais importante da HQ, a arte me agradou bastante. Normalmente em HQs biográficas não costumamos prestar atenção nisso ou ela acaba tomando um aspecto secundário. Mas, preciso dizer o quanto a arte de Nate Powell contribui para a ambientação. O artista usa e abusa da habilidade de empregar luz e sombras para construir cenas que variam da alegria de uma criança em sua fazenda até uma rua tomada por manifestantes sendo rechaçados por policiais. O primeiro capítulo já começa com diversas splash pages se focando nos olhares, nos pés e no cenário onde aconteceu a Marcha. Nate já coloca o leitor no clima da história ao nos fazer estarmos no meio daquela multidão. Outro aspecto importante é como ele emprega uma arte rabiscada, mas que funciona muito bem aqui. Posso dizer que fiquei agradavelmente surpreso já que não esperava uma arte tão competente assim. Antes de começar, quero aconselhar os leitores que vieram conhecer esta obra. Se você procura alguma história de ação, de espionagem ou aventura, esta não é uma HQ para você. Posso dizer tranquilamente que A Marcha se trata de uma quase biografia do John Lewis. Andrew Aydin até vai dar uma coloração menos metódica a isso ao inserir cenas e flashbacks para contextualizar os momentos da vida de Lewis, mas no fundo se trata de um material de não-ficção. Bem nos moldes de materiais como Persépolis, da Marjane Satrapi . Se você quer dar uma oportunidade a um quadrinho diferente do que tem no mercado, pode ir numa boa que a HQ tem um roteiro e arte bem acima da média. Não é aquele tipo de HQ biográfica chata que só empilha acontecimentos... aqui temos os sentimentos de Lewis diante das coisas que lhe acontecem. Sei que o nome de Lewis vem estampado claramente na HQ, mas posso dizer numa boa que o sucesso dela se deve a um ritmo bem compassado feito por Andrew Aydin. Falar sobre segregação racial nos EUA na metade do século XX é entrar em um tema bem sensível. Isso porque o Brasil tem um preconceito racial muito mais sutil do que o americano (não é melhor ou pior, é apenas diferente). Durante muito tempo, o negro era enxergado ainda com os olhos da colonização inglesa. Mesmo após a independência americana, o negro ainda continuava a ser explorado nas fazendas de algodão e trigo. Quando aconteceu a abolição, parte da sociedade americana discordou, mantendo o ranço que existia durante o período áureo da agricultura. Enquanto o norte era mais progressista, o sul era calcado em um modelo colonial que se assemelhava bastante ao modelo português empregado no Brasil. E isso se refletiu na própria formação social. Até hoje se formos falar de uma sociedade conservadora nos EUA, os Estados do sul estão nesse meio: Texas, Mississipi, Tennessee. Nesse primeiro volume vemos um pouco da infância de John Lewis em seu lar no Alabama. Logo de cara já vemos algumas particularidades sobre a educação de jovens negros neste período. Lewis precisava frequentar uma escola especificamente para negros. Não era permitido a mistura de homens brancos com negros e isso pode ser percebido em várias atividades na sociedade. Havia regras para a convivência entre brancos e negros. Por exemplo, o famoso caso do ônibus onde Rosa Parks foi presa. Isto aconteceu porque ela se recusou a se sentar no fundo, como era de praxe com os negros. Ou os quilômetros que o tio de Lewis precisava percorrer para poder encontrar um lugar que tivesse um banheiro voltado para negros. Ou o fato de ser necessário levar comida de cada já que negros não podiam frequentar restaurantes de beira de estrada. Isso fora o temor de ser atacado por algum branco violento nos estados do sul mais conservadores. O que vai mudar a mente de Lewis vai ser a ida até Buffalo onde ele tem contato com o modo de vida dos estados do norte dos EUA. Lógico que ainda havia a segregação espalhada por todo o pais, em maior ou menor grau, mas poder morar lado a lado com brancos ou caminhar na rua livremente sem se preocupar com sua segurança era uma benção. A partir daí Lewis vai mudar sua cabeça e começar a pensar em por que as coisas são do jeito que são. Como ele pode ajudar a mudar o pensamento das pessoas? Nesse momento os EUA passavam por uma efervescência nesse sentido. Várias pessoas insatisfeitas com o estado das coisas se revoltam contra a sociedade. Processos judiciais são ganhos dando esperança a pessoas como John Lewis. Os sit-downs também são abordados nesse primeiro volume. Sit-downs eram manifestações onde os negros entravam em lanchonetes e se sentavam em cadeiras próximas ao balcão fazendo algum pedido. Negros eram proibidos de frequentar a maioria das lanchonetes sendo relegados a espaços de convivência próprios. Os movimentos de igualdade social não concordavam com isso e organizavam dias em que grupos de manifestantes apenas iam até os locais e se sentavam passivamente. No começo as manifestações eram encaradas com medo e receio, mas depois as forças repressoras passavam a agir com violência. Havia até mesmo treinamento para os manifestantes não reagirem devolvendo a violência que lhes era infligida. Fiquei positivamente surpreso com A Marcha. Não senti a leitura demorando a passar, muito pelo contrário. O roteiro não é carregado e tem vários trechos em que tem apenas imagens. Mesmo tratando de um assunto pesado, me senti mais reflexivo do que chateado após a leitura. Além de ter me passado uma série de informações novas sobre o movimento negro no cenário da segregação da década de 1950. Leitura recomendadíssima.
Paulo
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