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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788535932065
ISBN-108535932062
TítuloA literatura nazista na América
AutorRoberto Bolaño
EditoraCompanhia das Letras

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para A literatura nazista na América - Roberto Bolaño - 9788535932065 atualmente é R$ 27,54.

Avaliação dos usuários

4.7

79 avaliações

Exibimos as avaliações mais relevantes da Amazon

Excelente primeiro contato com a literatura de Roberto Bolaño

Recomendo

Este foi meu primeiro contato com um escrito do Roberto Bolaño e, creio eu, talvez tenha feito a escolha correta. Acredito que o primeiro contato com um autor deve ser com algum livro curto, mas que traga a essência da sua escrita. Ao iniciar a leitura, lembrei-me bastante de "História Universal da Infâmia", do Jorge Luis Borges, livro este que, infelizmente, não funcionou bem para mim, No entanto, embora as características entre este e "A Literatura Nazista na América" sejam evidentes, achei a escrita do Bolaños mais cativante. Gosto bastante de livros que misturam ficção e realidade e o autor foi muito feliz em absolutamente todas as estórias narradas. Um termômetro do sucesso desse tipo de narrativa é quando o leitor chega ao ponto de pesquisar o que é verdade e o que é fruto da imaginação do autor, quem realmente existiu e quem habita somente as páginas do livro (o autor se colocou como personagem, terminando seu livro com um "Cuide-se, Bolaño". Será que esse "cuide-se" era algo para além da estória?). Quanto ao tema, acredito que o livro nos traz várias reflexões e até mesmo um alerta para a disseminação de ideias perigosas, que nos dias de hoje ainda observamos em todo o mundo. Por mais infames que as personagens se mostrassem, por pior que fossem suas ideias e suas práticas cotidianas, havia sempre uma estrutura para que tais ideias pudessem se espalhar e, mais do que isso, havia receptividade para elas. Creio que esse seja um mal do qual ainda padece nossa sociedade doente. Enfim, "A Literatura Nazista na América" é um livro curto e de fácil leitura, mas nem por isso raso. Recomendo a leitura!

Alexandre

• Via Amazon

um livro muito instigante

Recomendo

usando a estética do borges (apoiador veemente do Pinoche), bolano faz um livro com personagens fictícios, escritores, críticos, e resenhistas da américa latina que apoiam o nazismo, direta ou indiretamente. Um livro essencial que dialoga metaforicamente com nossa época e esse pedaço do continente à deriva de suas próprias convicções.

Plínio

• Via Amazon

Ótimo

Recomendo

Sutil, irônico ,original.. É literatura de primeira grandeza!

Cliente

• Via Amazon

As artes como cúmplices da barbárie

Recomendo

Lançado originalmente em 1996, mas desembarcando no Brasil apenas em 2019, A Literatura Nazista na América é um dos livros mais inclassificáveis de Roberto Bolaño (1953 – 2003). Espécie de paródia enciclopédica, é um livro composto por 30 perfis de escritores fictícios de todas as Américas que, ao longo do século XX e início do século XXI, flertaram (abertamente ou não) com os ideais nazi-fascistas, apoiaram regimes fascistas e ditaduras militares, perseguiram comunistas e judeus, apoiaram políticos de extrema-direita e, acima de tudo, escreveram. Por seu caráter enciclopédico, A Literatura Nazista na América pode ser lido como um livro de contos temáticos ou como um romance, pois, logo fica claro, esses escritores interagiram, criticaram e influenciaram uns aos outros, compondo um panorama vivo dessa horrenda literatura. O que mais impressiona, a princípio, é a heterogeneidade desses 30 poetas, romancistas, contistas, filósofos e dramaturgos retratados por uma voz distante e objetiva. Não é possível traçar um denominador comum que perpasse todos eles (além, claro, das inclinações nazistas), e isso, sabemos hoje, é assustadoramente real: a barbárie se esconde em todos os lugares e em todas as classes sociais, basta deixar que se revelem. Bolaño nos apresenta, por exemplo, Ítalo e Argentino Schiaffino, dois líderes da torcida organizada do Boca Juniors que produzem poemas e manifestos anti-semitas, movendo uma multidão de seguidores a adotar a violência como passatempo. O brasileiro Amado Couto, integrante dos Esquadrões da Morte e obcecado pela obra de Rubem Fonseca. Os aristocratas Mendiluce que, além de conhecerem Hitler pessoalmente, fundaram a editora El Cuarto Reich Argentino, casa por onde alguns dos outros perfilados lançarão seus livros. Ou Zach Sodenstern, o famoso escritor de ficção científica autor de duas longas séries de romances de gosto duvidoso. Ao nos apresentar suas vidas e obras, Bolaño adentra no debate sobre a separação entre os dois (autor e obra). Muitos deles atuaram ativamente na repressão e perseguição a minorias enquanto escreviam elegias e refutações a filósofos do cânone ocidental. Outros levaram vidas banais que não abriam suspeita para a barbárie que em seus romances, contos e sonetos fluía sem barreiras. Há também os que estão no meio do caminho entre esses dois extremos, como Gustavo Borda, o guatemalteco que idealiza a Alemanha nazista por ser o oposto da realidade que vivia, sem considerar como seria tratado pelo Terceiro Reich. Ramírez Hoffman, o último perfilado (que ganharia destaque em Estrela Distante, outro romance do autor), talvez seja sua criação mais horrenda e mais conhecida. Escrito num formato propriamente de conto, e narrado por um Bolaño muito mais próximo dos acontecimentos, acompanha a vida e a carreira desse poeta que escrevia versos com fumaça nos céus de Santiago e secretamente fazia parte de grupos de extermínio da ditadura Pinochet. O que surpreende tanto o narrador quanto todos os que se aproximam de Hoffman é o fato do gosto do poeta pela barbárie e pela tortura ser algo que ninguém imagina ao conhecê-lo, mas que o define como pessoa muito mais do que seus versos. Nos tempos em que vivemos, assistindo o desnudamento da fina camada de civilidade que esconde os reais pensamentos e atitudes horrendas dos chamados “cidadãos de bem”, A Literatura Nazista na América vem em boa hora, nos lembrando de como o pensamento nazifascista segue seduzindo mentes incautas, mesmo passados tantos anos desde o fim da Segunda Guerra. E a literatura (assim como todas as artes) pode ser usada para combatê-lo, mas, como Hitler e seu Ministério da Propaganda demonstraram, também pode ser usada para perpetuá-lo. Resenha completa: https://porcoespinho.com.br/livros/a-literatura-nazista-na-america-quando-as-artes-sao-cumplices-da-barbarie/

Ivan

• Via Amazon