A Imprensa e o Dever da Verdade - Barbosa, Rui - 9788588161115

Um clássico

Texto ainda vivo e contumaz que está pelas questões mais delicadas da política nacional. A principal delas, a questão da imprensa, ganha neste discurso o seu maior crítico e defensor, que elabora sobre seus vícios e virtudes.

Em dezembro de 2022 • Via Amazon

Livro excepcionalmente atual

Uma obra de atualidade excepcional, eloquência louvável e articulação notável, um legado incrível deste jurista e escritor que foi Ruy Barbosa.

Em julho de 2022 • Via Amazon

Ótimo livros

Faz parte do rol de leituras que todos deviam fazer

Em junho de 2022 • Via Amazon

Obra indisponível e atemporal.

A imprensa e o dever da verdade - Rui Barbosa. A obra tem origem em um seminário ocorrido em 1920, onde posteriormente foram reunidos alguns trechos do discurso escrito por Rui Barbosa - jurista e então também pleiteante ao cargo de presidente da república da época - em Salvador, Bahia. Que no período foi proferido pelo advogado e seu amigo pessoal - João Mangueira - por motivos de saúde, que até então impossibilitaram a presença direta de Barbosa no seminário. O livro discorre categoricamente sobre aquilo que na época Barbosa já denunciava como a degeneração da imprensa Brasileira, no qual ele expõe de maneira elegante, erudita e bastante coesa, a forma com a qual o jornalismo Brasileiro funcionava, escancarando o seu critério de atuação crítica; que baseava-se de acordo com a "conveniência" dos favores financeiros cedidos ou não aos mesmos, deixando sob a condição de elogios caso determinados políticos comprassem (subornassem) determinados veículos, ou haveriam perseguições cruéis, seguidas de calúnias, difamação e até tentativas sorrateiras de assassinato de reputação sem nenhum compromisso com a verdade e a informação ao leitor. Esta última, em caso da não coadunação com este sistema corrupto de compra da imprensa, através do uso do dinheiro público, por parte do governo. Ainda naquela época, Rui Barbosa profetizava brilhantemente sobre o tipo de expediente que se estabelecia e que ainda segueria se estabelecendo através de décadas, seguindo por um século até os dias atuais no Brasil. O que dá a este livro um teor de verdadeiro clássico, porque é atemporal, sendo uma obra mais atual que nunca. Ao longo dos escritos desta obra, ele ainda esmiúça de maneira muito clara e sistêmica, sobre os mecanismos utilizados para estabelecer essa relação de cooptação mútua entre a imprensa e os organismos/instituições do estado, usando a máquina pública para manutenção deste tipo de sistema degenerativo para a população do país. Uma das citações mais célebres do livro por parte de Rui Barbosa, é: "Um país de imprensa degenerada ou degenerecente é, por tanto, um país cego e um país miasmado, um país de ideias falsas e sentimentos pervertidos, um país que, explorado na sua consciência, não poderá lutar com os vícios, que lhe exploram as instituições". Qualquer semelhança com o que vemos hoje em dia, não são apenas meras coincidências. O material do livro é excelente, impresso com páginas amareladas, através fontes grandes, composta por boa gramatura e com lindo acabamento. A minha nota para ele é 9,0.

Em janeiro de 2022 • Via Amazon