Livro confuso, mas interessante porque não divide os personagens entre moços e bandidos
Recomendo
Acho ótimo quando escrevem histórias infantis que não partem para o maniqueísmo de dividir o mundo entre seres sempre lindos e mágicos de um lado e seres malignos e feios de outro. A gata branca que vive pelas ruas em que mora a menininha narradora, Christine, é um perfil que abriga características boas e ruins. Isso até causa um pouco de embaralhamento lá pelas tantas, porque estamos acostumados a histórias de heróis e bandidos, e perguntamo-nos "poxa, afinal, essa gata é bacana ou sacana?" quando ela externaliza sua mistura de opiniões. Mas a trama é mais confusa do que boa, infelizmente, porque as cenas são mal amarradas, e a constante questão da "eternidade" é mais um recurso para a história PARECER profunda do que para ser profunda de fato. A capa é uma graça com essas cores harmoniosas (cinza mescla, amarelo e bordô), os desenhos em amarelo e preto (simplíssimos) também e a diagramação é joia. Recomendo a leitura, desde que não haja alta expectativa.
Barbara
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