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Trópicos Utópicos - Uma Perspectiva Brasileira Da Crise Civilizatória - Eduardo Giannetti - 9788535927429

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Ficha técnica

Informações Básicas

ISBN9788535927429
ISBN-108535927425
TítuloTrópicos Utópicos - Uma Perspectiva Brasileira Da Crise Civilizatória
AutorEduardo Giannetti
EditoraCompanhia Das Letras

Descrição

O menor preço encontrado no Brasil para Trópicos Utópicos - Uma Perspectiva Brasileira Da Crise Civilizatória - Eduardo Giannetti - 9788535927429 atualmente é R$ 50,79.

Avaliação dos usuários

4.5

136 avaliações

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Leitura necessária e prazerosa

Recomendo

Como não admirar este grande filósofo-economista que os nossos trópicos utópicos produziram: Eduardo Giannetti é uma das mentes mais lúcias e precisas do cenário literário e talvez um dos maiores pensadores contemporâneos que circula entre nós. Desde o livro "O valor do amanhã", um tratado único sobre a essência e o valor das coisas na linha do tempo, abordado sob a perspetiva da taxa de juros, não o deixei mais fora do meus hábitos de leitura. Como economista e apreciador de obras de cunho filosófico, Giannetti entrega perfeitamente por meio de sua escrita, reflexões e provocações necessárias ao nosso cotidiano neste Brasil varonil.

Walmah

• Via Amazon

Conteúdo não corresponde ao título

Não Recomendo

O título - em conjunto com seu resumo e comentários - dão a entender que o livro busca falar sobre os vários temas do Brasil - economia, política, crenças, ambiental, etc. Contudo, o que o livro realmente apresenta é a visão do autor sobre alguns desses assuntos e de outros que são muito distantes do que o livro se propõe. Fiquei muito decepcionado com o livro.

Thiago

• Via Amazon

Livro de Estilo Prolixo

Não Recomendo

Não li nem 10% deste livro, uma vez que o estilo de escrita do autor é extremamente monótono e cansativo. Comprei o livro com grande expectativa, pois considero Eduardo Gianetti um dos maiores pensadores brasileiros da atualidade. A verdade é que o texto poderia ser bem mais direto e condensado. Pode-se eventualmente esgotar um tema, porém jamais esgotar o leitor.

Alexandre

• Via Amazon

Trópicos Utópicos – A Civilização Brasileira na Concerto das Nações

Recomendo

“O que nos liga ao mundo? O que nos define como nação? ” A que vem o Brasil, no Concerto das Nações? ” Estas perguntas introduzem o livro “Trópicos Utópicos”, do economista brasileiro Eduardo Giannetti. A análise em três partes da obra do que são ao seu ver os males e dilemas do mundo moderno ̶ a ciência, tecnologia e o crescimento econômico ̶ formam a base sobre a qual se projeta o nosso Brasil. Ele começa explicando que as respostas da ciência, apesar de poderosas e de saciar a nossa curiosidade, são rasas, meras explicações causais. A ciência pode explicar o mundo natural, mas não sacia a nossa fome de sentido, não elucida a condição humana e nem o sentido da vida. “De onde viemos, porque vivemos, quem somos, o que vem depois? Qual é o significado da nossa existência? ” Nos primórdios da ciência moderna os cientistas procuravam encontrar Deus na natureza. Acontece que quando eles percebem que ela, a natureza, funciona com base em leis inerentes a si mesma, eles banem do mundo Deus e o sobrenatural. Isto carregou bilhões de pessoas para longe de Deus. Vivemos então um déficit de sentido e uma sensação de vazio, desamparo e futilidade associadas à vitória da perspectiva científica. Não somos mais homens, não temos mais objetivos. Somos fomes, sedes, febres e apetites ambulantes. Mas será que a natureza, como a música, não sugere “o que não está?” Como diz o filósofo pré-socrático Heráclito, “existem coisas que aguardam os homens após a morte as quais eles não esperam e das quais não possuem noção alguma.” “Será que Deus, que explicaria toda a eternidade antes e após a nossa vida, não existe? Faria sentido ele não existir?” Na segunda parte o Eduardo analisa a tecnologia. O termo tecnologia vem do grego “tekne” (técnica) com a junção “logos” (conjunto do saber), sendo a tecnologia então o conjunto dos instrumentos, métodos e técnicas que permitem o aproveitamento prático do conhecimento científico. É no século XVII que a aplicação da ciência toma corpo, com a crença no progresso – “a ideia de que a passagem do tempo traria a melhoria contínua da condição e bem-estar humanos graças a aplicação da ciência ao domínio da natureza” – ganhando contornos bem definidos, com o empirismo de Francis Bacon e o racionalismo de Renée Descartes. O objetivo seria tornar os seres humanos “os senhores e possuidores da natureza”. Por cerca de 400 anos com o binômio ciência e tecnologia o homem avançou no mundo e o dominou, mas a tal ponto que está destruindo a natureza e a si mesmo. Terras descomunalmente grandes, maiores que países; rios com milhares de quilômetros; imensos metros cúbicos de oceanos; a camada de ozônio; a temperatura da Terra; nós mesmos, correndo atrás de não sabemos o quê. Tudo machucado. A questão é: como e quando vamos aprender a nos controlar de modo que a nossa infinita partícula de culpa não se transforme em uma gigantesca dívida moral coletiva? Quando vamos controlar as nossas paixões e equilibrar o ideal da “felicidade da conquista” com aquele da “felicidade da quietude”, respeitando o mundo natural? Como registrou o Padre Antonio Vieira, “Querei só o que podeis, e sereis onipotente.” Ele coloca que o sistema econômico de mercado é um dos problemas. Nele as decisões são atomizadas, individuais, descentralizadas, e para conseguir o que quer as pessoas tem que dar algo em troca. O sistema de formação de preços olha para os custos, não para os efeitos nefastos sobre a natureza, que não são calculados monetariamente, nem individual e nem coletivamente. Assim, trabalhamos, empreendemos e consumimos, ao mesmo tempo que destruímos a natureza para conseguir maior eficiência e satisfação, criando um “quadrante de desespero” com os eixos do voluntarismo (vamos trabalhar, criar) e do fatalismo (as coisas são como são!). A solução proposta seria que o sistema de preços incorporasse os danos à natureza, mas quem, qual país isoladamente teria coragem de tomar esta atitude? Na terceira parte do livro o Eduardo analisa o crescimento econômico na economia de mercado do mundo ocidental. Ele começa indagando o que de fato nos motiva? Haveria muitas causas, e dentre elas, importante para a economia, a certeza ou esperança de ser um Rei diferente, cheio de admiração, aprovação, atenção, estima e apreço alheios, “não igual a tantos outros que passaram por aqui”. Nós trabalharíamos em geral sobre a pressão da necessidade, para obter uma renda, não como forma de autorrealização ou razão de viver, expressando o nosso livre arbítrio e liberdade no consumo. Se não posso obter uma renda com o meu trabalho, e gastá-la como me aprouver, o que acontece? O sistema econômico não funciona. Foi assim nos países que tentaram a experiência comunista, com o conhecido lamento do funcionário soviético “nós fingimos que trabalhamos e eles fingem que nos pagam”. No mundo de hoje o crescimento do consumo teria tragado os seres humanos, e seria o Ter e não o Ser o que define cada um. E o que moveria o consumo? Seria a vontade de ter os “bens posicionais”, que nos projetam aos olhos de nossos colegas e nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos nossos semelhantes”. Estes bens seriam “exibidos” como uma demonstração de riqueza. No mundo capitalista de hoje haveria uma “corrida armamentista” do consumo em um sistema “Roda de Hamsters” formado pelas empresas e pelas pessoas, no qual “quanto mais se tem, mais se quer” (a exploração de uma fraqueza da psiquê humana) e onde “quanto mais se produz mais se tem que vender. ” O sistema de mercado exploraria o conceito da escassez, criando a maior quantidade possível de desejos insatisfeitos. Como disse o presidente de uma rede varejista americana de cosméticos em 1953, “O nosso negócio é fazer as mulheres infelizes com o que têm. ” Dinheiro, autoridade política, beleza e fama seriam campos gravitacionais importantes nas sociedades ocidentais. Hoje várias pesquisas estariam identificando o materialismo excessivo como um problema da vida, mas como se livrar da pressão coletiva do sistema? É difícil. Toda esta pressão, e mais a domesticação do homem, que “civilizou” os seus instintos naturais ao longo dos últimos séculos, estaria levando a maioria a um “malaise” e a muita infelicidade pessoal e coletiva. Como resolver isto? O autor não dá a resposta, mas é possível inferir pistas ao longo do livro. Na quarta e última parte o Eduardo vislumbra um futuro possível para o nosso país. A que viemos então para o Concerto das Nações? Thomas More cunhou o termo “Utopia” e talvez no trabalho tenha pensado no Brasil. A palavra vem da fusão do advérbio grego “ou” (não) com o substantivo grego “topos” (lugar) e com a terminação latina “ia”, como em “Amazônia”. No livro “Utopia” o “não lugar” seria possivelmente uma ilha no litoral brasileiro perto de Cabo Frio (Estado do Rio de Janeiro), onde estaria representada uma sociedade ideal, um lugar feliz. Considerando o país que somos, com uma potente miscigenação de brancos, indígenas e negros, com os nossos três gênios negros – Aleijadinho, Machado de Assis e Pelé – a natureza que magnetiza, a cultura branca, negra e indígena fusionada, mesclada, cruzada e curtida em cinco séculos, o que temos para contribuir? Conhecida a relação dos brasileiros com a felicidade e a alegria de viver, a predominância do “doce sentimento da existência”, haveria em teoria dois caminhos possíveis. Um “mimético” onde “nós queremos ser como eles”, onde “não há o que inventar”, onde tentaríamos “imitar” as nações ocidentais ditas desenvolvidas, correndo do nosso atraso e assimilando a civilização Europeia. O outro “profético” coloca que “não podemos nos resignar à condição de cópia canhestra de um mundo caduco ou de coadjuvantes pasmados de um enredo falido”. Segundo esta visão, existiria uma “missão especial do povo brasileiro”, o país daria contribuições espirituais aos outros povos, que poderiam ser sumarizadas na frase do cantor Jorge Mautner: “ou o mundo se brasifica ou vira nazista”. Por esta visão não precisaríamos mudar, o futuro cairia aos nossos pés. Qual dos dois caminhos tomar? Segundo o autor nenhum dos dois. O melhor seria investir na ideia e construção de uma Civilização Brasileira, com uma identificação “aos nossos valores e uma efetiva adesão a eles”. Teríamos então um país não conquistador, militar, “que troca a alma pelo bezerro de ouro” e que “despreza todos os valores, a começar pelos ambientais, que não se prestam a cálculo monetário”, mas um país liberto da “servidão do monovalor econômico”, sábio, assentado no ideal do equilíbrio e do bom senso, que trabalha, investe, se educa, “cuida da sua previdência”, mas sem perder a alegria de viver e a tranquilidade no ser, “buscando a perfeição pela depuração de tudo que afasta do essencial”. Assim, ao lema estadunidense – “o que é bom para nós, só pode ser bom para toda gente” – responderíamos com “o que é bom para nós não se pretende bom para toda a gente, mas é o nosso bem”. O conceito da “Civilização Brasileira” é poderoso e cola no nosso Ser. Mas como nação temos que ter Ambição, por razões da natureza humana e de geopolítica precisamos como país Querer Mais. Colocar um homem no espaço, ter uma excelente – nossa – educação, produzir a melhor tecnologia, os melhores equipamentos médicos e artefatos para defesa. Isto não é imitar ninguém, isto é conseguir o que o Brasil é capaz de fazer. A obra do Eduardo Gianetti tem dezenas de colocações inteligentes, como a de que muito do mal no mundo vem não das más ideias dos profetas ou filósofos, mas dá sua má interpretação espontânea ou ignorante pelos seus discípulos. A ideia de que “a leitura emancipa, a palavra insemina” e de que “a África dá o melhor do Brasil”. Ele é construído em 124 microensaios, alguns com poucas páginas, outros com duas ou três linhas. Assim, tendo que se prestar atenção ao que está escrito a leitura é fácil. É possível ler um pouco a cada dia e ir refletindo sobre as ideias. Que luminosidade este economista brasileiro tem. Muito bom! Marco da Camino Ancona Lopez Soligo

Marco

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