Pantaleão e as Visitadoras - Llosa, Mario Vargas - 9788560281121

Aguardando leitura

Ainda não li

Em junho de 2022 • Via Amazon

Excelente

De fato, é uma forma de escrever diferente, misturando diálogos de personagens diferentes em alguns capítulos, e transcrevendo Relatórios, Ofícios e cartas em outros. Mas o Autor consegue fazer isso de forma simples e leve. O que parece difícil torna-se fácil. Muito bom.

Em março de 2022 • Via Amazon

O sexo institucionalizado

O romance chama a atenção pelo seu motivo principal: a organização de um serviço de "visitadoras" para o Exército peruano. Inicialmente, Vargas Llosa confessa que pretendia narrar a história de um ponto de vista sério, mas acabou cedendo a uma abordagem satírica; o que, a meu ver, foi bem acertado. Pois realmente o contraste entre a ortodoxia dos procedimentos militares e a natureza libertina das atividades que Pantaleão Pantoja organiza proporciona cenas hilárias, que são o ponto alto do romance. Mas a mesma burocracia que nos oferece esse contraponto interessante é a mesma que, em muitos outros momentos, torna o romance um tanto enfadonho. Praticamente setenta por cento do livro é narrado numa forma protocolar, copiando os despachos do Exército. O texto ganha mais fluidez nos diálogos, porém mesmo esses ainda são um pouco estranhos na forma. De maneira geral, o romance é bem organizado, com tramas subjacentes que, no final, se combinam com a trama principal, como é o caso da seita do menino mártir. Fui levado a esse livro por um outro livro - Estação Carandiru. Em dado momento, Drauzio Varela fala da institucionalização do sexo na cadeia, e cita Pantaleão e as visitadoras.

Em dezembro de 2021 • Via Amazon

Redundante

Sou um entusiasta do peruano Vargas Llosa. O considero um escritor muito sagaz e afiado em sua prosa e nas temáticas de seus livros. Tinha uma grande expectativa em relação a "Pantaleão e as Visitadoras", mas terminei a leitura achando que este foi o livro mais fraco dos que li de sua obra até o momento. Talvez seu maior sucesso comercial antes de "As Travessuras da Menina Má", o livro apresenta uma história que em tese tinha tudo para ser muito saborosa: a criação de um serviço de visitas sexuais dentro do exército peruano alocado nas proximidades da floresta Amazônica. O maior problema do livro na minha visão é o uso exacerbado da forma enquanto linguagem. São muitos capítulos narrados em formato de memorandos oficiais, outros como notícias jornalísticas e um truncado jogo de misturar parágrafos (um artifício que lembra uma linha cruzada nas ligações antigas de telefone) que não tinham a menor necessidade de ser. "Pantaleão e as Visitadoras" tem seus bons momentos, mas o exagero estilístico compromete o prazer da leitura, diminuindo a leveza e sagacidade da trama.

Em novembro de 2021 • Via Amazon