O Efeito Facebook - Os Bastidores da História da Empresa Que Conecta o Mundo - Kirkpatrick, David T. - 9788580570113

PHD em plataformas

Comprei sem esperar muito, o livro é excelent,e ja tinha lido outros sobre Mark e o FB mas este é extremamente detalhista avaliando o que foi feito de bom nos vários níveis do negocio, na programação, na equipe, na visão estratégica, no finaciamento mantendo o controle, nas multiplas manobras de marketing o melhor livro que ja li na montagem de uma start up

Em abril de 2022 • Via Amazon

Os Bons e Maus Efeitos Facebook, mas sob a chancela do próprio Zuckerberg

Através de mais de trezentas páginas vemos sobre a história e evolução do Facebook, dessa vez sob consentimento e contribuição do próprio Zuckerberg. É um livro bem extenso, com capítulos que às vezes cansam, mas é inegavelmente um relato bem completo. Provavelmente o mais completo em língua portuguesa. Não há como não comparar com a outra obra sobre Zuck, "Bilionários por Acaso" do Ben Mezrich, mas claro que são propostas diferentes. Ben faz um relato mais dramático e romantizado dos fatos, tendo conseguido entrevistar Eduardo Saverin no início, e os gêmeos Winklevoss. Já David faz um registro biográfico mais completo, tendo entrevistado várias pessoas que contribuíram com o Facebook e o próprio Mark. Acredito que as duas obras em conjunto são importante, mesmo que por exemplo o que o livro de Mezrich cubra não chegue nem na metade da obra de Kirkpatrick, que narra esse início da criação do face bem rapidamente. Incrivelmente, Kirkpatrick narra os processos com Saverin e Winklevoss e também de outro estudante que alega ter sua ideia roubada. Saverin tem um papel bem menor aqui, apenas no início e depois some junto a descrição breve de seu processo. Há mais destaque para Dustin Moskovitz e Adam D'Angelo, personagens cruciais na biografia do Facebook, mas não muito conhecidos do público em geral. Achei que ele estaria mais "do lado do Mark" da história, mas ele apresenta vários lados. Mas também há um certo endossamento nos ideias de privacidade de Zuck, que quando lidos frente aos recentes casos de escândalos, como o do Cambridge Analytica, parecem tendenciosos e até mesmo irônicos. Mas há muitos insights e relatos interessantes. No final o autor critica brevemente o filme A Rede Social. Não é algo desprovido de sentido, mas não deixa de ser um excelente filme. Uma história bem interessante e bem contada, baseada em relatos de um fato real, do ponto de vista de um certo personagem da história. Aaron Sorkin mostra uma habilidade ímpar ao ter escrito A Rede Social e Steve Jobs. O autor também indica o livro de Ben na lista de leituras adicionais. Além desses dois livros, e o famoso filme citado, eu indicaria também o minidocumentário "Zuckerberg - A História do Facebook", que inclusive entrevista os dois autores. Por fim, aparentemente temos a história de um jovem universitário, não muito sociável, que criou a maior rede social do planeta e que provavelmente não roubou de fato nenhum código ou ideia. Mas foi desonesto ao abandonar o projeto que estava participando sem informar aqueles que haviam confiado nele. Também decidiu excluir sem rodeios um amigo que contribuiu financeiramente com o ainda chamado Thefacebook desde o começo, algo que poderia ser resolvido com um simples e claro diálogo. Admiro os ideais iniciais de Mark de não vender sua empresa, focar numa interface simples e direta, na experiência do usuário. Mas com a vantagem temporal vimos diversos problemas relacionados a privacidade, que na maioria das vezes foram mal explicados e seguidos de um repetitivo "me desculpe, vamos tentar melhorar isso". Além da obsessão de eliminar qualquer ameaça ao seu domínio, com as compras do Instagram e WhatsApp, e as tentativas do Snapchat e TikTok. Atualmente o facebook é um conjunto de tudo o que existe nas redes sociais hoje em dia. Tem uma interface com informações demais, vários lugares na tela pra se chegar ao mesmo destino. E qualquer mínima novidade que surja no mercado é atacada. Ou você vende pra ele, com a promessa de continuar tendo autonomia sob sua criação, e depois ao longo do tempo vê seu trabalho sendo engolido e mudado, até que você seja obrigado a sair (vide os criadores do Insta e do Wpp). Ou não vende e resiste, até que Zuck copie sua ideia e a incorpore em um de seus projetos ou crie um inteiramente novo, para enfraquecê-lo. Mark deve ser um dos homens mais poderosos do planeta, com a quantidade de dados que tem em suas mãos. Mas o pior é que foram todos dados por livre e espontânea vontade por bilhões de pessoas. Hoje em dia mesmo que não use o face, é quase impossível não estar dentro do conglomerado zuckerbergiano. Será que deveríamos mesmo ter confiado nossas informações ao hacker que criou o facemash e ao longo de sua história tirou do seu caminho de maneira fria amigos e colegas que não lhe serviam mais ou que ameaçavam seus planos?

Em outubro de 2021 • Via Amazon

Um pouco arrastado, mas com bons insigths

O livro poderia ser bem menor do que é, o que o torna demasiadamente cansativo (confesso que pulei uns dois ou três capítulos). O autor passa muito tempo falando sobre a resistência de Mark Zuckerberg em aceitar publicidade dentro do facebook, o que gerava muita desconfiança entre os investidores e o conselho sobre a certeza do produto ser rentável de fato como prometia ser. Vale a leitura pelas "pontas" - início e final. Os primeiros capítulos ele fala da concepção do facebook e nos desafios iniciais. Esqueça o filme A Rede Social, pois a úncia coisa que se parece com a realidade ali talvez seja o quadro branco na parede e a semelhança do ator com o próprio Mark hehehe. É interessante ver como Mark, ao criar a primeira versão do seu quarto em Harvard, já pensava no Facebook uns 10 anos na frente. Tinha muita certeza do que queria construir, por isso a resistência em colocar publicidade na plataforma. No meio do livro o autor se arrasta muito nessa questão, como eu disse. E nos capítulos finais o livro volta a ficar interessante pois mostra como Mark pensa no papel da sua empresa no mundo. Outro ponto muito bom levantado no livro é sobre a privacidade e identidade, uma discussão que vai além da empresa, passando pelos governos. Afinal, você tem ou não controle sobre as informações que insere no facebook? E quando Mark não tiver mais controle na empresa, o que será dos dados de tantas pessoas assim? Estarão minimamente "seguros" como estão agora? Recomendo para quem se interessa mais por trás da empresa, como foi sua construção e como funciona a cabeça do Mark.

Em novembro de 2016 • Via Amazon

Nota 10

Adorei! Depois de começar, não descansei até terminar o livro. Conta em detalhes a genialidade de Mark e seu comportamento introvertido. Me chamou a atenção que mesmo depois de muito tempo, pelo menos de acordo com o que o autor conta, ele nunca pensou no lucro, mas sim desenvolver o melhor projeto da vida dele. Um livro realmente inspirador!

Em fevereiro de 2016 • Via Amazon