A Vidente - Wood, Barbara - 9788501400734

Um bom livro

A leitura não é muito rápida, e um pouco cansativa em alguns pontos, mas vale a pena

Em julho de 2019 • Via Amazon

Uma leitura instigante e emocionante, com um belo toque de magia e romantismo!

Ulrika tem um sentimento de não pertencimento, uma necessidade de entender suas visões e suas origens. Sebastianus Gallus, um rico mercador, almeja abrir uma rota de comércio e de relações diplomáticas entre Roma e China. Embora tenha nascido entre eles um belo e puro amor, ainda não era o momento certo para se declararem e permanecerem juntos. "Ambos arranjavam desculpas para estar na companhia um do outro. Mas nenhum dos dois se atrevia a dizer palavras que não pudessem ser retiradas. Ela sabia que era porque eles não eram livres. Ambos eram comprometidos com destinos independentes." Assim, na Roma Antiga (ano 54 da Era Cristã, quando Nero tornou-se imperador), Ulrika inicia sua peregrinação mística, em busca de seu pai e do desenvolvimento de sua clarividência. Por sua vez, Sebastianus parte em sua própria jornada pessoal ao Extremo Oriente. A autora, de forma bastante convincente, agrega todos os seus personagens (cada um deles complexo em suas fraquezas, medos, sonhos e ideais), a figuras e fatos históricos, seres mitológicos e bíblicos, delineando cenários e aspectos culturais, políticos e religiosos de Roma, da Germânia, Síria, Babilônia, Pérsia e China. A narrativa das interações de Ulrika e de Sebastinaus com a diversidade cultural e religiosa dos lugares por onde passam deixa aquela sensação de que não foi suficiente, de que foi muito breve e superficial, embora seja absolutamente compreensível a impossibilidade de maior aprofundamento no limite deste livro. "As divindades, Ulrika percebeu, eram tão diferentes e variadas como o povo que as venerava." De qualquer maneira, trata-se de uma leitura deliciosa, instigante e emocionante, cheia de reviravoltas, traições, dramas pessoais, e com um belo toque de magia e romantismo. "(...) há tanto ordem e previsibilidade no mundo quanto aleatoriedade. A vida não é nem uma coisa nem outra. Assim como há estrelas fixas e estrelas cadentes, em nossos corações temos convicção de algumas coisas e dúvidas em relação a outras. Talvez nunca entendamos por quê; tudo que sabemos é que, enquanto estivermos nesta terra, devemos fazer o melhor que pudermos e viver em paz e com amor".

Em agosto de 2017 • Via Amazon