A Alma da Marionete. Um Breve Ensaio Sobre a Liberdade Humana - John Gray - 9788501114563

Obra-prima!

Parece que é só isso que John Gray sabe fazer, obras-primas!

Em novembro de 2022 • Via Amazon

RIMBAUD E A MARIONETE

Rimbaud jamais se encaixou na sociedade. Escreveu poesias que calariam fundo nas gerações futuras, mas decidiu se tornar um mercenário, traficante de armas, morrendo jovem, desajustado e doente. Em todo caso, como diria Will Henley, foi dono de seu destino, capitão de sua alma. Em geral acreditamos nesse livre-arbítrio, nessa possibilidade de fazer escolhas por nós mesmos – fruto, talvez, da cultura individualista a que somos expostos, aquela que diz que toda-pessoa-pode-realizar-seus-sonhos-bastando-para-tanto-esforço-e-dedicação. Esse é o ponto debatido por John Gray no espetacular e desconfortável “A Alma da Marionete”. Com uma prosa instigante, resgatando ícones da filosofia e da literatura, o autor norte-americano vai lentamente minando os conceitos que nos são apresentados desde a tenra idade para, ao fim, demonstrar, de modo assustador, como esse pacote de “louvor ao livre arbítrio” faz com que nos comportemos do modo necessário para que tudo se mantenha imutável. Esclarecedora e mesmo pessimista, essa pequena obra prima faz visíveis os fios que nos conduzem dia a dia, permite que vislumbremos o roteiro que nos foi traçado desde a concepção – nascer, estudar, trabalhar, casar, produzir, consumir e reproduzir – tudo fundado em conceitos jurídica e religiosamente preestabelecidos, todavia embalados com papel colorido com um laço onde se lê a palavra “felicidade”. A riqueza e o êxito profissional, muitas vezes expostos pornograficamente como modelos a serem seguidos, nada mais são do que uma maneira engenhosa de despertar nossa própria vaidade, impelindo-nos a buscar esse dito sucesso. Mesmo os debates que travamos com a melhor das intenções, defendendo ideias e princípios, apenas mantêm um estado de coisas tal como vemos. No fim, somos ratos atrás de um queijo inalcançável, presos a uma roda de giro perpétuo que alimenta um mecanismo difuso cuja compreensão não nos é dada a saber. Chaplin já havia alertado: somos dentes de uma engrenagem imensa. John Gray resgata esse desconforto de modo brilhante. Escolhas serão sempre ilusórias. Como rasgar esse script? Escrever poesia talvez seja o primeiro passo.

Em agosto de 2022 • Via Amazon

Mais um bom livro de John Grey

Grey é um dos grandes pensadores da atualidade.

Em outubro de 2021 • Via Amazon

Gostei o ruim é que acaba quando está ficando bom

um breve panorama sobre a liberdade do ser usando conceitos filosóficos emprestados da filosofia estóica. O ruin é que acaba quando está ficando bom.

Em abril de 2021 • Via Amazon