Réveillon e Outros Dias - Gallo, Rafael - 9788501099877

Contos sensíveis

Rafael Galli é um dos meus escritores favoritos. Seus contos são sensíveis e nos fazem refletir situações do dia-a-dia.

Em junho de 2024 • Via Amazon

Primeiro contato

Esse foi o meu primeiro contato com a literatura do Rafael Gallo. O livro é marcado por um ar ingênuo nos contos, um olhar um tanto quanto infantil sobre as coisas, na maioria dos contos. A escrita dos dois primeiros contos são irregulares, travadas. Depois a escrita do autor melhora, se solta mais, e vão aparecendo, além da qualidade como prosador, outros aspectos positivos da escrita do Gallo, como a reflexão e o humor. Estou lendo também Rebentar, primeiro romance do autor, e nele sinto, até agora, um olhar bem mais maduro sobre as coisas, uma escrita mais solta, mais trabalhada. De qualquer jeito, vale a leitura.

Em novembro de 2023 • Via Amazon

Brilhante!

O livro é surpreendente, brilhante, sensível. Esmiuça situações e sentimentos com uma precisão que envolve o leitor profundamente em cada trama. Excelente!

Em junho de 2019 • Via Amazon

Réveillon e outros dias

Réveillon e outros dias é um livro de contos do escritor Rafael Gallo, com o qual venceu o Prêmio Sesc de Literatura em 2012. O livro traz à tona temas dramáticos da natureza humana com muita sensibilidade. O primeiro conto a abrir o livro é Réveillon. Um velho viúvo no fim da vida começa conversa reflexiva com seu filho mudo. A dificuldade que ele tem de se comunicar com os familiares, sobre as relações humanas e tentando encontrar um sentido para a vida e a morte. A forma como pai e filho mudo se comunicam é excelente. Em Espiral, vemos a relação incestuosa entre mãe e filho que vai acontecendo aos poucos. Neste livro, tive a impressão de ver o trabalho minucioso que o autor desenvolve, algo que não consigo tanto em outros livros, escolhendo as palavras precisas para compor cada conto. Os diálogos atingem uma naturalidade que dificilmente vemos reproduzidos em outros livros. Eles nos envolvem e começamos a enxergar a cena dos personagens dialogando. Como o dono da empresa gringo falando um português cheio de sotaque inglês com seu funcionário em A lâmpada que nunca queima. Puxa, é assim mesmo que um americano falaria, a gente pensa. Dá até vontade de ler em voz alta. Já Balas é sobre um ex-presidiário tirando suas impressões sobre os outros e tentando vender balas no semáforo. Neste, assim como no outro, gostei da linguagem coloquial do personagem, entretanto, em alguns trechos não consegui compreender bem e me perturbou um pouco. Talvez porque não esteja tão familiarizado com essa linguagem ou fatal de leitura mais atenta. Mas mesmo assim não tira o brilho do conto. Foi o que menos gostei, na verdade. Este livro me despertou a vontade de ler Rebentar, o segundo livro do Rafael Gallo, e a esperança de que qualquer livro que ele venha a lançar seja bom, sem exagero. Recomendo.

Em outubro de 2017 • Via Amazon